Destaque no cenário agrícola brasileiro, a região de Balsas, no Sul do Maranhão descobriu na soja a sua locomotiva para o desenvolvimento. O que começou no início da década de oitenta com apenas 80 hectares de soja, em cinco anos se multiplicou 125 vezes, indo a 10 mil hectares. E nos 25 anos seguintes, incrivelmente se multiplicou 7.500 vezes, chegando aos atuais 600.000 mil hectares. Outras culturas também prosperaram como o algodão e o milho.
E se a locomotiva de todo esse desenvolvimento foi a soja, os maquinistas foram os imigrantes do sul e do centro-sul do país que, atraídos pelos solos de boa qualidade, excelentes índices pluviométricos (acima de 1.500 mm) e os baixos preços das terras, fizeram investimentos e se estabeleceram no Maranhão. Estes produtores utilizaram tecnologias de ponta que proporcionaram o salto observado na agricultura da região.
Além de produtores individuais, grandes grupos também se interessaram pelas condições favoráveis e adquiriram grandes extensões de terras para o cultivo de soja e outras grandes culturas. Hoje, um único grupo chega a plantar mais de 50 mil hectares de soja. No total, a produção agrícola da região chega aos 7 milhões de toneladas, entre soja, algodão, milho, mandioca, cana e algodão.
Com tudo isso, a região se consolidou com uma produtividade de soja dentro da média nacional, e nas últimas três safras fazendo, também, a segunda safra (safrinha). Em algumas propriedades, inclusive, é possível o plantio de cem por cento da área em segunda safra, dependendo, apenas, da capacidade operacional de plantio e colheita da propriedade.
E se por um lado temos todos esses pontos positivos, por outro lado não faltam desafios. Como as péssimas condições das estradas, sendo a maioria delas conservadas pelos próprios produtores. A inexistência de redes de energia elétrica na maior parte das propriedades, encarecendo a produção e impossibilitando o investimento em irrigação, já que a região é rica em rios e riachos com capacidade de fornecer água suficiente o uso de pivô central.
E apesar de visualizarmos melhoria no sistema de exportação com a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), que entrará em funcionamento ainda esse ano, é sofrível ver o monopólio no transporte ferroviário sendo o único meio de se levar a produção até o Porto de Itaqui, em São Luis.
O TEGRAM possibilitará o transporte da produção sobre rodas até o Porto de Itaqui e retorno com fertilizantes. Mas para que tudo isso vire uma realidade, serão necessários investimentos para a duplicação de um trecho de 200 km da BR-135, a rodovia que dá acesso ao porto, especificamente no trecho de Alto Alegre até São Luís, além de melhorias nas condições de tantas outras.
Claro que à medida que a região cresceu, junto com o desenvolvimento, os produtores também passaram a se organizar. E como consequência, a principal cultura do estado, a soja, também passou a ter sua entidade representativa. A APROSOJA-MA foi fundada em 2013, e tem trabalhado de forma a congregar os produtores do estado e defender a classe. O objetivo tem sido focado na estruturação dos núcleos regionais, tendo sido incluídos na diretoria representantes das regiões de Chapadinha, ao norte e próximo a divisa com o Piauí e São Domingos do Azeitão, leste do estado, porém mais próximo da capital.
A APROSOJA-MA, além de demandas estaduais corriqueiras, tem atuado na aproximação dos produtores com o Governo do Estado, que antes era praticamente inexistente. Acreditamos no que isso já está acontecendo, e os benefícios desta aproximação já estão surgindo. Prova disso é a nomeação de um produtor rural de Balsas como Secretário Estadual de Agricultura.
Também temos buscado uma aproximação com os deputados estaduais para podermos discutir, entre outros assuntos, os valores dos emolumentos cartoriais, que atingem valores abusivos de até R$ 12 mil por cédula. Precisamos construir uma agenda conjunta com a bancada federal em Brasília, para envolver, os deputados eleitos, na defesa do agronegócio, para que façam parte da FPA e atuem junto com os demais.
E juntarmos a nossa nacional, a APROSOJA BRASIL, em defesa do Agro em todas as demandas, visto que não são poucas: Emplacamento de Maquinas Agrícolas, Legislação Trabalhista Rural desatualizada, Questão Fundiária, Indígenas, Quilombolas e tantas outras.
Mas para que tudo isso seja possível, precisamos nos unir. Os produtores precisam entender a importância da Aprosoja e se associarem. Não podemos nos isolar e ignorar questões políticas, deixar de opinar e contribuir. Afinal, se não nos manifestarmos, se não nos envolvermos nos temas que nos dizem respeito, alguém tomará a decisão em nosso lugar. Por isso, ao invés de reclamar e criticar as lideranças, associe-se a Aprosoja do seu estado e faça a diferença.
Isaías Soldatelli – Presidente da Aprosoja-MA
E se a locomotiva de todo esse desenvolvimento foi a soja, os maquinistas foram os imigrantes do sul e do centro-sul do país que, atraídos pelos solos de boa qualidade, excelentes índices pluviométricos (acima de 1.500 mm) e os baixos preços das terras, fizeram investimentos e se estabeleceram no Maranhão. Estes produtores utilizaram tecnologias de ponta que proporcionaram o salto observado na agricultura da região.
Além de produtores individuais, grandes grupos também se interessaram pelas condições favoráveis e adquiriram grandes extensões de terras para o cultivo de soja e outras grandes culturas. Hoje, um único grupo chega a plantar mais de 50 mil hectares de soja. No total, a produção agrícola da região chega aos 7 milhões de toneladas, entre soja, algodão, milho, mandioca, cana e algodão.
Com tudo isso, a região se consolidou com uma produtividade de soja dentro da média nacional, e nas últimas três safras fazendo, também, a segunda safra (safrinha). Em algumas propriedades, inclusive, é possível o plantio de cem por cento da área em segunda safra, dependendo, apenas, da capacidade operacional de plantio e colheita da propriedade.
E se por um lado temos todos esses pontos positivos, por outro lado não faltam desafios. Como as péssimas condições das estradas, sendo a maioria delas conservadas pelos próprios produtores. A inexistência de redes de energia elétrica na maior parte das propriedades, encarecendo a produção e impossibilitando o investimento em irrigação, já que a região é rica em rios e riachos com capacidade de fornecer água suficiente o uso de pivô central.
E apesar de visualizarmos melhoria no sistema de exportação com a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), que entrará em funcionamento ainda esse ano, é sofrível ver o monopólio no transporte ferroviário sendo o único meio de se levar a produção até o Porto de Itaqui, em São Luis.
O TEGRAM possibilitará o transporte da produção sobre rodas até o Porto de Itaqui e retorno com fertilizantes. Mas para que tudo isso vire uma realidade, serão necessários investimentos para a duplicação de um trecho de 200 km da BR-135, a rodovia que dá acesso ao porto, especificamente no trecho de Alto Alegre até São Luís, além de melhorias nas condições de tantas outras.
Claro que à medida que a região cresceu, junto com o desenvolvimento, os produtores também passaram a se organizar. E como consequência, a principal cultura do estado, a soja, também passou a ter sua entidade representativa. A APROSOJA-MA foi fundada em 2013, e tem trabalhado de forma a congregar os produtores do estado e defender a classe. O objetivo tem sido focado na estruturação dos núcleos regionais, tendo sido incluídos na diretoria representantes das regiões de Chapadinha, ao norte e próximo a divisa com o Piauí e São Domingos do Azeitão, leste do estado, porém mais próximo da capital.
A APROSOJA-MA, além de demandas estaduais corriqueiras, tem atuado na aproximação dos produtores com o Governo do Estado, que antes era praticamente inexistente. Acreditamos no que isso já está acontecendo, e os benefícios desta aproximação já estão surgindo. Prova disso é a nomeação de um produtor rural de Balsas como Secretário Estadual de Agricultura.
Também temos buscado uma aproximação com os deputados estaduais para podermos discutir, entre outros assuntos, os valores dos emolumentos cartoriais, que atingem valores abusivos de até R$ 12 mil por cédula. Precisamos construir uma agenda conjunta com a bancada federal em Brasília, para envolver, os deputados eleitos, na defesa do agronegócio, para que façam parte da FPA e atuem junto com os demais.
E juntarmos a nossa nacional, a APROSOJA BRASIL, em defesa do Agro em todas as demandas, visto que não são poucas: Emplacamento de Maquinas Agrícolas, Legislação Trabalhista Rural desatualizada, Questão Fundiária, Indígenas, Quilombolas e tantas outras.
Mas para que tudo isso seja possível, precisamos nos unir. Os produtores precisam entender a importância da Aprosoja e se associarem. Não podemos nos isolar e ignorar questões políticas, deixar de opinar e contribuir. Afinal, se não nos manifestarmos, se não nos envolvermos nos temas que nos dizem respeito, alguém tomará a decisão em nosso lugar. Por isso, ao invés de reclamar e criticar as lideranças, associe-se a Aprosoja do seu estado e faça a diferença.
Isaías Soldatelli – Presidente da Aprosoja-MA