Plano Agrícola e Pecuário começa a valer no dia 1º de junho deste ano e vai até o dia 20 de junho de 2015.
Nesta segunda (19/05), a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller fizeram o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/2015. O volume de crédito programado para a próxima safra será de 156,1bilhões de reais, um amento de 14,7% comparado com o ano anterior. A ideia é aumentar ainda mais a capacidade brasileira de produzir, sendo que a expectativa é que se produzam 200 milhões de toneladas de grãos na campanha 2014/2015, 4,6% a mais que na anterior.
“O mais importante é mostrar a força e a pujança da nossa agropecuária. A produtividade manteve-se em elevação, permitindo que a produção continuasse crescendo mais que a área plantada. Isso é muito significativo para agricultura”, afirmou a presidente Dilma Rousseff.
Com relação à taxa de juros, embora houvesse uma expectativa de crescimento, a maior variação foi de 1%, tanto no custeio (6,5%a.a.) como em alguns programas de investimento (4,5 a 5%a.a.), sendo que para irrigação, inovação e armazenagem a variação foi de 0,5% (4,0%a.a.). O ministro destacou que esse aumento foi pequeno e mostra a preocupação do governo federal com o produtor. “As taxas de juros do crédito rural foram em grande parte preservadas, uma vez que os ajustes foram inferiores ao aumento da taxa Selic desde o lançamento do Plano 2013/14”, explicou o ministro Neri Geller.
No quesito Seguro Rural, o Plano manteve os recursos de R$700 milhões (mesmo número do ano anterior), alcançando mais de 80 mil produtores e cerca de 10 milhões de hectares. Mesmo mantendo o valor o ministro Neri Geller, afirmou que os R$700 milhões serão usados para aperfeiçoar os mecanismos de aplicabilidade do seguro, ou seja os ajustes serão feitos no zoneamento agroclimático, tornando-o mais acessível a realidade da produção brasileira.
O ministro também destacou a prorrogação por um ano da obrigatoriedade da contratação do seguro rural, na qual foi postergada para 2015. “Quero destacar algumas reivindicações do setor atendidas nesta proposta. Conseguimos postergar para 1º de julho de 2015 a obrigatoriedade da contratação do seguro rural nas operações de custeio agrícola feitas por médios produtores”, afirmou o ministro da Agricultura.
Neri Geller também anunciou a criação de dois Grupos de Trabalhos para Harmonização de registros cartorários e ajustes de normativos dos títulos do Agronegócio. Um dos grupos, formado por representantes do MAPA, MF e MJ irá equacionar problemas relacionados à harmonização de procedimentos e de custos de registros cartorários, de registro de CPR e CCB, entre outros. O outro grupo, formado pelo MAPA, MF e MP promoverá ajustes em normativos dos títulos.
Visão da Aprosoja Brasil
Apesar dos números positivos, o seguro rural ainda é um ponto que precisa ser aperfeiçoado, na opinião da APROSOJA BRASIL. De acordo com o vice-presidente, Ricardo Tomczyk, os recursos são baixos, mas o que precisamos é construir um modelo de seguro que atenda outras regiões. “Poderíamos ter avançado mais na cobertura do seguro, de forma que atendesse ao produtor, barateando o preço das apólices, além disso, a prorrogação da obrigatoriedade do seguro foi boa, mas precisamos criar mecanismos que compensem aos produtores para que não virem apenas um custo”.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil
Parabéns pelo artigo,adorei!