Garantir segurança jurídica é essencial para o Brasil crescer. A Constituição está ai para ser cumprida. O que falta é coragem para arbitrar os contenciosos. A afirmação é do senador e pré-candidato à presidência da República, Aécio Neves, respondendo ao questionamento dos produtores rurais em relação as invasões de indígenas em propriedade privadas de Mato Grosso do Sul. A fala do senador foi durante a reunião com o setor produtivo do Estado, na sede da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, em Campo Grande, nesta sexta-feira (6).
Cerca de 400 pessoas, entre produtores, lideranças de vários segmentos, parlamentares e presidentes de sindicatos rurais se concentraram na Famasul para receber o pré-candidato. Aécio Neves pontuou que o Brasil carece de competitividade no agronegócio. “O que mais tem ajudado o País a crescer é o agronegócio. Da porteira para dentro não tem ninguém mais produtivo que o brasileiro. (…) O que é preciso que ocorra? Uma guerra ao custo Brasil, com choque de logística”, afirmou Aécio Neves em resposta ao presidente da Aprosoja Brasil – Associação Brasileira dos Produtores de Soja e diretor do Sistema Famasul, Almir Dalpasquale. Ao falar em nome do agronegócio, Dalpasquale pediu posicionamento quanto as três questões que considera emergencial para o setor: políticas agrícolas, logística e direito de propriedade.
Para o dirigente, as políticas agrícolas engessam a agropecuária. “Dentro da porteira o brasileiro sabe o que fazer. Os Estados Unidos e o restante do mundo têm olhado de forma diferente para a eficiência do produtor rural daqui, mas faltam ações concretas. Apesar das dificuldades, o agro avança rapidamente, mas o Governo segue de charrete e não acompanha a velocidade do setor”, ressaltou Dalpasquale. Além de representantes rurais, membros das federações da indústria, do comércio e de cooperativas de Mato Grosso do Sul também recepcionaram Aécio Neves.
A coordenadora geral do Agrojovem, projeto com ações voltadas para o empreendedorismo no meio rural, Roberta Maia, de apenas 21 anos, fez um pronunciamento pedindo atenção e medidas para estimular a atuação do jovem no meio rural. “O agronegócio é subjugado por um governo inerte, que mantém uma política tributária abusiva e que não demonstra esforço para garantir o dinamismo necessário,” destacou. “Atualmente, as empresas mais rentáveis do mundo, principalmente no ramo da tecnologia, foram criadas ou são dirigidas por jovens. (…) E por que não nas nossas “empresas a céu aberto?”
Aécio Neves falou por cerca de 30 minutos e classificou seu plano de governo como “totalmente diferenciado”. “Não converge as minhas intenções com a dos demais. O Brasil está na lanterna em qualquer ranking se comparando com países em desenvolvimento. O setor público não precisa ser ineficiente por ser público, desde que tenha metas e prioridade ele pode apresentar resultados positivos.”
Como solução para parte das problemáticas que envolvem o agronegócio brasileiro, o pré-candidato propôs créditos adequados, busca por mercados com políticas externas, planejamento para logística e busca por capital privado que gere parceria com o setor público.
Fonte: Ascom Famasul