Em visita ao Mapa, Aprosoja ressalta preocupação com a falta de logística para escoar a safra de milho.
Nesta quarta-feira (dia 09), a Aprosoja Brasil junto com a Aprosoja Piauí e Aprosoja Maranhão reuniram, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Seneri Paludo, para expressarem preocupação com o escoamento da produção de milho no Brasil. Pois, de acordo com os últimos dados da Conab a produção de milho no país está em torno de 78 milhões de toneladas.
O presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, destaca que a alta produtividade do produtor brasileiro é o resultado de um ótimo desempenho na condução da safra de milho. “Mais uma vez, o produtor finaliza a colheita e o governo não garante condições de escoar a safra. Faltam portos, rodovias e armazéns”, disse Dalpasquale.
Atualmente 61% da produção de grãos do país é transportada por rodovias, o modal mais caro e poluente. Outro fator é que o Centro-Oeste está mais próximo dos portos do arco norte, porém mais de 80% da produção de soja e milho seguem para os portos do Sul e Sudeste, chegando a percorrer mais de 2.000 km, contra pouco mais de 1.000 km se fossem escoados pelos portos do arco norte. No caso da região nordeste o sistema modal rodoviário é precário e ainda há ausência de eficiência no modal hidroviário, dificultando ainda mais o escoamento da produção dessa região.
E os gargalos são rotineiros, mas são agravados principalmente no pico da safra: faltam caminhões, motoristas, estradas e armazéns suficientes para garantir a logística, fazendo os fretes custarem no país até 5 vezes mais que nos Estados Unidos ou Argentina. Assim, enquanto na Argentina e nos Estados Unidos o custo do frete sai a US$ 20 e US$ 23 por tonelada, no Brasil custa US$ 100.
Ao final da reunião, já com as demandas em mãos, o secretário de política agrícola se comprometeu em agendar um próximo encontro com o setor para apresentar as possíveis soluções para o pleito.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil