O Parlamento Europeu concordou em deixar a cargo dos países do bloco a decisão de cultivar culturas geneticamente modificadas. A estratégia visa por fim a anos de impasse regulatório, que têm atrapalhado as atuais negociações comerciais com os EUA, maiores produtores de sementes transgênicas.
“Esse acordo permitirá mais flexibilidade aos Estados-membros da União Europeia que desejarem cultivar transgênicos”, afirmou a parlamentar belga Frédérique Ries, após a votação em Estrasburgo, na França. A medida venceu por 480 votos a favor e 159 contra.
A lei é um resposta a uma das políticas mais polêmicas na Europa, e tem como objetivo acelerar a chancela – ou não – à expansão da biotecnologia no continente.
Segundo Jeff Rowe, porta-voz da EuropaBio, que congrega as empresas de biotecnologia, a permissão individual poderá ter o efeito contrário de “impedir a evolução da inovação na Europa”. Dois importantes mercados consumidores ainda são especialmente reticentes aos transgênicos: França e Alemanha. “Os países receberão a licença para proibir o cultivo de uma variedade mesmo que ela tenha sido adotada pelo bloco”, disse ele, sem especificar nomes.
Dar a palavra final a cada Estado esteve no centro do debate europeu por anos, e essa decisão só foi postergada devido à profunda divisão da Europa sobre o tema, o que tem arrancado críticas sistemáticas do governo americano. As multinacionais americanas – lideradas pela Monsanto – dominam esse mercado, que movimentou cerca de US$ 16 bilhões em 2013.
A lei é um resposta a uma das políticas mais polêmicas na Europa, e tem como objetivo acelerar a chancela – ou não – à expansão da biotecnologia no continente.
Segundo Jeff Rowe, porta-voz da EuropaBio, que congrega as empresas de biotecnologia, a permissão individual poderá ter o efeito contrário de “impedir a evolução da inovação na Europa”. Dois importantes mercados consumidores ainda são especialmente reticentes aos transgênicos: França e Alemanha. “Os países receberão a licença para proibir o cultivo de uma variedade mesmo que ela tenha sido adotada pelo bloco”, disse ele, sem especificar nomes.
Dar a palavra final a cada Estado esteve no centro do debate europeu por anos, e essa decisão só foi postergada devido à profunda divisão da Europa sobre o tema, o que tem arrancado críticas sistemáticas do governo americano. As multinacionais americanas – lideradas pela Monsanto – dominam esse mercado, que movimentou cerca de US$ 16 bilhões em 2013.
Pesquisas de opinião pública apontam que a oposição aos alimentos transgênicos se mantém forte entre os consumidores, temerosos de possíveis efeitos colaterais, principalmente no que se refere à resistência das ervas daninhas, o que acarretaria no uso mais intensivo de agrotóxicos. Cientistas europeus, no entanto, afirmam que a biotecnologia é segura.
Após seis anos de moratória à transgenia, a União Europeia tem permitido desde 2004 que produtos geneticamente modificados entrem no continente somente para o processamento de alimentos ou uso na ração animal. O cultivo de sementes transgênicas é vetado. Apenas uma variedade de milho transgênico – patenteada pela Monsanto e aprovada em 1998 – tem autorização para ser cultivada em alguns países do bloco.
Fonte: Valor Econômico
Fonte: Valor Econômico