Abertura contou com mais de 400 produtores, parlamentares e presidentes de associações
Realização de fóruns para debater temas técnicos e o cenário político econômico brasileiros fizeram parte do lançamento
Para oficializar a abertura da colheita da Safra de Soja 2014/2015, o projeto Soja Brasil, uma parceria da Aprosoja Brasil e Aprosoja-MT, foi a Alto Garças, Mato Grosso, nesta quinta-feira (29/01), realizou um evento político e simbólico. Não por acaso o evento aconteceu no maior estado produtor da oleaginosa – Mato Grosso. A região responde por 1/3 de toda a produção nacional.
Safra 2014/2015
A Qualidade dos grãos, o alto custo de produção, a safra recorde (estimada pela Conab) e o clima foram algum dos fatores que têm marcado o momento da colheita da safra de soja 2014/2015 e trazido preocupação, para a maioria dos produtores brasileiros. Mas mesmo com esse cenário inquieto, o sojicultor está arregaçando as mangas para avançar, a partir de agora, e colocando as colheitadeiras em seus campos de soja.
Segundo o presidente da Aprosoja MT, Ricardo Tomczyk na safra 2014/2015 ocorreram problemas climáticos devido aos dois períodos de seca – um que marcou o plantio e o outro a colheita. “Mesmo com a estiagem, o estado de MT já colheu 8% da soja e 50% da safra já foi comercializada a um câmbio acima de R$ 2,60”, afirmou o presidente da Aprosoja MT. Tomczyk destacou ainda que o aumento da produtividade deve acontecer devido ao aumento de área plantada, que foi de 6% a mais, comparado com os últimos anos. “Acredito que a safra 2014/2015 será maior que a última, mas não devemos alcançar os 28 milhões de toneladas como preveem as estimativas, devido as circunstâncias climáticas”, disse o presidente da Aprosoja MT, Ricardo Tomczyk.
Cerimônia de abertura
Para simbolizar a colheita de soja em todo o Brasil, 7 colheitadeiras foram colocadas em um campo, na Fazenda Sementes Adriana, situada em Alto Garças, a 120 km de Rondonópolis. Para mostrar a importância da oleaginosa no Estado e no Brasil, o presidente e vice presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), Marcos Montes (PSD-MG) e Nilson Leitão (PSDB-MT) junto do presidente da Aprosoja MT, Ricardo Tomczyk e do vice-governador do estado, Carlos Fávaro deram a largada nas máquinas de colheita e assim oficializaram o fim da safra de soja 2014/2015, período que dura até o fim de março.
Antes do ato simbólico da colheita autoridades falaram sobre os desafios e as demandas dos agricultores de todo o país. O vice-governador, Carlos Fávaro, frisou que o momento da colheita é de alegria. “Quando chegamos ao final da safra é hora em que vemos que o produtor acreditou e que ele conseguiu alcançar os resultados, que as pragas ficaram para trás”, destacou o vice-governador do estado. Fávaro disse ainda que o MT representa 30% da produção brasileira e por isso o estado é engrandecedor receber o evento da colheita.
Para homenagear e fortalecer a agricultura brasileira estiveram presentes na cerimônia de abertura, o presidente da Aprosoja MT, Ricardo Tomczyk, vice-presidente da Aprosoja Brasil e presidente da Aprosoja Goiás, Bartolomeu Braz, o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), o deputado federal (PSD-MG) e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes, o vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro e outros presidentes de associações e representantes do governo federal.
Fórum Soja Brasil: entraves do agronegócio em pauta
Com os cenários econômicos tão incertos e que geram tamanha insegurança aos produtores, que a abertura Oficial da Colheita da Safra de Soja 2014/2015 trouxe como painel Perspectivas do agro no segundo governo Dilma. A ideia do fórum é mostrar ao produtor o que esperar desse momento de crise econômica e o que aguardar da nova ministra do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu.
Para debater o tema foram convidados: o deputado federal (PSD-MG) e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes, o deputado federal (PSDB-MT) e vice-presidente da FPA, Nilson Leitão, presidente da Aprosoja Goiás e vice-presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, presidente da Aprosoja Mato Grosso, Ricardo Tomczyk e o presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado. Já como mediador o fórum contou a presença do jornalista, João Batista Olivi.
Logo no primeiro momento foi falado sobre as inúmeras incertezas fora da porteira. Para o presidente da Aprosoja MT, Ricardo Tomczyk, explicou a necessidade de se criar canal de comunicação com a nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu. “A Aprosoja irá construir uma ponte de diálogo com a nova representante da pasta, pois num primeiro momento não teremos o mesmo trânsito que tínhamos com o ex ministro da Agricultura, Neri Geller, que era de Mato Grosso. Nossa função é criar esse diálogo para que possamos encaminhar nossas demandas ao Ministério e fortalecê-lo”, frisou Tomczyk.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes, afirmou que a FPA terá que trabalhar uma interlocução com governo da presidente Dilma. “Não adianta bater de frente, tem que ser feito um enfrentamento de fora coerente e com o apoio das entidades junto a FPA”, destacou o deputado.
A expectativa do presidente da Famato, Rui Prado, é que “nos próximos quatro anos o país acabe com a corrupção e resolva o problema da macroeconomia”. Com relação a nova gestão do Mapa Prado afirmou que espera que a nova ministra expanda o agronegócio. “Acredito que Kátia Abreu faça com que o Mapa se fortaleça e que a pasta participe das negociações, junto do Ministério da Fazenda e do Planejamento”,
Outra situação que vem preocupando os produtores de todo o brasil é a não liberação do aditivo de R$ 300 milhões, para a subvenção ao prêmio do seguro rural prometido pelo Governo. Segundo o presidente da Aprosoja Goiás e vice-presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, a política econômica do país gera insegurança aos produtores. Braz falou sobre o seguro rural e contou que o estado de Goiás terá 20% de perda por conta de problemas climáticos. “Apenas 14% dos produtores brasileiros são assegurados. A cada ano temos que mendigar ao Governo Federal o pagamento da subvenção. Esse cenário é inconcebível, o setor tem que se articular e mostrar que não podemos ficar parados”. O Vice presidente da Aprosoja Brasil afirmou ainda que o aumento do combustível vai causar impactos no custo da produção.
Painel Técnico: o fator semente na produtividade
Ainda durante o evento, em um outro momento, foi debatido a qualidade das sementes. A mediadora foi a jornalista Kellen Severo e os convidados para participarem do fórum foram: o coordenador do Comitê Técnico ABRASS (Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja), Elton Hamer, a agrônoma e produtora rural, Roseli Muniz Giachini, o fiscal federal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Silvino Moreira Filho e José França Neto, pesquisador da Embrapa Soja.
No debate foi colocado que quanto maior for a qualidade das sementes mais ela vai gerar plantas de alto desenvolvimento. Pra o pesquisador da Embrapa Soja, José França, que fez uma apresentação mostrando as características uma boa semente. Para França a qualidade na produtividade das sementes é devido a “fisiologia, genética, sanitária, e físico”.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil