Atualmente existem 200 produtores de soja em atividades no estado
Fundada nos moldes do outros estados, a Associação dos Produtores de Soja do Estado do Amapá (Aprosoja-AP) tem como finalidade representar e defender a classe. A entidade atuará nas áreas socioambiental, relações públicas, orientação técnica, apoiando à pesquisa e o desenvolvimento de mercados.
Segundo o presidente da entidade, Daniel Sebben, os principais entraves para a produção de soja no Amapá são: a regularização fundiária, infraestrutura de armazenagem e padronização de grãos, licenciamento ambiental e desenvolvimento de cultivares adaptados ao clima e latitude da região.
“Uma vez institucionalmente organizados através da Aprosoja, os produtores podem cobrar, fiscalizar e influenciar políticas públicas voltadas para o setor, como nos casos do licenciamento ambiental e da regularização fundiária, que atualmente é o maior entrave para a produção e maior prioridade da associação”, afirma Sebben.
De acordo com o vice presidente, Celso dos Santos Júnior, atualmente são cerca de 200 produtores de soja iniciando as atividades no estado, em 2015 deverão ser cultivados 15.000 hectares de soja, além de outras culturas como arroz, milho e feijão caupi. Dados da Embrapa Amapá dão conta de que o estado conta com aproximadamente 1 milhão de hectares de cerrado, dos quais cerca de 400.000 são aptos para agricultura.
Com a união do setor, pretende-se criar ambientes oportunos e favoráveis para gerar mais investimento no setor. “No setor privado acreditamos que empresas e também produtores estão dispostos a investir no setor agrícola do Amapá, principalmente nas áreas de pesquisa e infraestrutura”, destacou o presidente da Aprosoja-AP.
Aprosoja-AP, logística privilegiada
O Amapá é considerado a última fronteira agrícola do Brasil, conta ainda com uma logística privilegiada, estando na foz do rio Amazonas, rota de navegação dos navios que acessam os portos de Santarém-PA e Itacoatiara-AM.
No porto de Santana-AP duas traders já anunciaram investimentos, a Caramuru e a Cianport, sendo que esta última está em fase final de implantação, devendo entrar em operação em agosto deste ano, ainda em tempo de escoar a safra do estado que deve começar a ser colhida no final de julho.
Os investimentos portuários no Amapá são parte de uma rota logística que será utilizada para exportação de grãos de Mato Grosso via BR-163 até Itaituba-PA e depois via hidrovia Tapajós-Amazonas até o Porto de Santana-AP. As áreas agricultáveis do Amapá estão em um raio de até 200 km do porto.
Décima terceira Aprosoja
Para a Aprosoja Brasil, a criação da entidade no Amapá é um sinal de maturidade da classe e de consolidação do modelo de representação da Aprosoja a nível nacional. “Nós damos as boas vindas a Aprosoja-AP e firmamos o compromisso representar os produtores do estado em Brasília e dentro do Congresso Nacional”, afirmou o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale.
Fonte: Ascom Aprosoja-AP e Aprosoja Brasil