Neste ano a ferrugem asiática tem preocupado o Sul do país que sofreu com muitas chuvas, e as ocorrências do fungo está acima da média dos últimos anos. No centro-oeste, região que vem registrado o maior número de casos nos últimos anos, os registros foram menores.
Rafael Soares, pesquisador da Embrapa Soja, conta que as precipitações aconteceram em maior volume no sul do Brasil neste verão, com isso o níveis de umidade aumentaram propiciando o aparecimento da ferrugem asiática.
No entanto, Soares afirma que 60% da safra de soja já foi colhida, e os plantios mais tardios é que devem ter maior incidência da doença. “É um período onde o fungo aumenta a população no campo, e mesmo com a aplicação dos fungicidas não é possível evitar a evolução da doença”, explica.
Segundo ele o produtor perde em produtividade e no aumento de custos com a compra de produtos para combate o fungo, “mas não devemos ter uma quebra com mudanças radicais nas estimativas, pois a safra já está no final e não houve problemas mais graves”, considera.
Além da umidade, outro fator que colabora para a evolução da doença no campo são as resistências dos fungos aos princípios ativos.
“Hoje temos somente três princípios ativos para o combate da doença, sendo que dois deles já registram resistência no fungo”, explica Soares.
Além disso, existe uma série de determinações para minimizar a ação dos fungos na lavoura, como “o período do vazio sanitário – onde não se pode plantar soja – e o monitoramento da lavoura com aplicações corretas. O site Consórcio Antiferrugem tem esse objetivo de fornecer informações sobre ocorrências”, ressalta.
Outro aspecto, que o pesquisador alerta é o intervalo entre as aplicações, que “antigamente era feito de 25 a 28 dias, mas agora temos visto que o melhor resultado é aplicação com intervalo de 15 dias”, conclui.
Fonte: Notícias Agrícolas