Uma comitiva formada por representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) viajou durante dez dias pela Europa para apresentar o Soja Plus, programa de gestão das propriedades que incentiva e auxilia os agricultores no cumprimento das leis trabalhista e ambiental brasileiras. “O Soja Plus será o passaporte para a soja brasileira na Europa”, aposta Ricardo Arioli, ex-vice-presidente e atual consultor da Aprosoja.
O road show começou em Bruxelas, na Bélgica, com uma reunião com a Coceral – associação de empresas de cereais, oleaginosas, óleo de oliva e outras matérias-primas agrícolas. O grupo também se encontrou com a Missão do Brasil, que é equivalente a uma embaixada do país para a Comunidade Europeia.
Na Federação Europeia dos Fabricantes de Ração (Fefac), a reunião tratou dos princípios e critérios que os europeus querem estabelecer como padrão para a soja brasileira. “A Fefac é quem está coordenando com outras federações e empresas o uso do Soja Plus”, explica Arioli.
A comitiva também visitou os DGs de Agricultura e de Meio Ambiente, que são ministérios da Comunidade Europeia. “São estes DGs que aconselham as políticas comuns para a União Europeia”, conta o consultor da Aprosoja. Nestes encontros, a comitiva brasileira fala sobre os avanços do Código Florestal brasileiro, sobre o Cadastro Ambiental Rural, a moratória da soja e o Soja Plus.
No seminário organizado pela Fefac e pela Fediol – federação das indústrias de óleo da Europa, dezenas de representantes de federações, empresas e até Organizações Não-governamentais (ONGs) como Greenpeace e WWF ouviram as explanações sobre a soja brasileira. “Foi um momento muito importante e interessante, pois esclarecemos muitas dúvidas dos europeus. Até as ONGs elogiaram nossa apresentação”, disse Arioli.
Com a Fediol, a comitiva discutiu ainda formas de melhorar a comunicação na Europa e teve a garantia da federação de que conversarão com os associados para enfatizar que o Soja Plus pode ser o atestado da soja sustentável brasileira. Houve também um encontro com parlamentares, como o deputado holandês Jan Huitema e com um deputado português, Francisco Assis, que é presidente da Delegação para Relações com o Mercosul.
Já na Holanda, a comitiva participou de um seminário organizado pela Nevedi, que é a associação das indústrias de ração do país. Também ocorreu a reunikaõ com o embaixador Roberto Jaguaribe. Mais uma vez, a questão de bem comunicar foi frisada. “O embaixador salientou que esta é uma guerra de comunicação, que precisamos estar mais presentes na Europa, com informações mais confiáveis e atualizadas sobre a produção brasileira”, revelou o consultor da Aprosoja.
Para finalizar o road show, o consultor Ricardo Arioli e o diretor administrativo da Aprosoja, Nelson Piccoli, participaram em Londres de uma reunião com representantes da AIC – confederação inglesa que reúne indústrias ligadas ao agronegócio, incluindo os fabricantes de ração. A reunião aconteceu na Embaixada do Brasil em Londres e contou com a presença dos técnicos da embaixada, Túlio Andrade e Rosana Verza. O programa Soja Plus foi novamente muito bem recebido e elogiado, quebrando paradigmas negativos importantes sobre a verdadeira história da produção no Brasil.
“O sr. Keith Millar, chefe da Agência de Padronização de Alimentos do Governo Britânico, ficou realmente entusiasmado com as informações e destacou a importância de continuarmos com nossa comunicação positiva de forma mais sistemática”, disse Nelson Piccoli.
Participaram também desta expedição Fábio Trigueirinho, diretor executivo da Abiove, João Campari, da ONG The Nature Convervance (TNC), Francisco Oliveira, chefe de combate ao desmatamento do Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: Agrolink com informações de assessoria