Possível proibição do uso do Glifosato pode gerar perdas agressivas na produção de grãos, de acordo com dados da Aprosoja Brasil
A Aprosoja Brasil participou, nessa terça-feira (29) da reunião da Câmara Setorial da Soja do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Um dos temas discutidos no encontro é o possível cancelamento, por parte da Anvisa, dos registros do Glifosato, 2,4-D e Paraquat. De acordo com o presidente da Câmara, Glauber Silveira, a Anvisa está reavaliando os produtos, com embasamento e em estudos internacionais, não conclusivos.
Para a Aprosoja Brasil, trazer o tema para debate na Câmara é essencial para conscientizar a todos (governo, indústria e pesquisa) que a proibição desses produtos irá gerar impacto na economia brasileira.
“A proibição do produto pode ter impacto de até 50% na produção nacional de grãos e fibras e com isso a Balança Comercial terá um déficit na ordem de US$ 30 bilhões”, explicou o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa.
Tal cenário traz instabilidade para a produção, segundo o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, os produtores do país usam Glifosato para terem um maior desenvolvimento/produtividade nas lavouras. Dalpasquale pede cautela no banimento do produto. “O Brasil vai deixar de ser exportador para ser um importador agrícola, por isso, temos que tomar cuidado com a proibição do Glifosato no país”.
Ainda na pauta da Câmara da Soja foi tratado sobre o Lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária (PNDA), que será anunciado pelo governo no próximo dia 06. Para a cadeia temas como: aumento do controle dos fronteiras, modernização dos laboratórios e melhoria do sistema de monitoramento e informações agropecuárias – devem ser pontuados no PNDA como prioritários.
Participaram da reunião o Ministério da Agricultura (MAPA), Embrapa, Aprosoja, Abiove, Sindeveg, Andef, Banco do Brasil, CNA, Abrapa e Acebra.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil