Etanol de milho, cada vez mais viável 

II Fórum Brasileiro de Etanol de Milho acontece em Brasília
Debate mostrará a viabilidade no Brasil e as vantagens de sua produção 
Com o objetivo de otimizar custos, as usinas estão cada vez mais se adaptando para a produção de Etanol de Milho na região Centro Oeste – somente no estado de MT já existem três usinas flex operando, ou seja, que produzem etanol de cana na safra e de milho na entressafra, normalmente no período ocioso de 120 dias. 
Para aprofundar o debate e mostrar os desafios da produção de etanol de milho no Brasil a Aprosoja Brasil, Aprosoja-MT e Novozymes realizarão no próximo dia 14 de maio o II Fórum Brasileiro de Etanol de Milho. O evento acontece em Brasília na sede da CNA.
A ideia do fórum é ampliar a discussão para além da viabilidade econômica, já comprovada por estudos e pelas usinas que hoje produzem o biocombustível utilizando o milho. Explorar políticas de incentivo tanto para os investimentos quanto para a distribuição é estratégico neste momento de desenvolvimento do negócio.
Para o gerente de Planejamento da Aprosoja-MT, Cid Sanches, o evento mostrará para a sociedade, em especial para os parlamentares e Governo, que a produção de etanol de cereais já é uma realidade no país.  “Durante o II Fórum vamos discutir os entraves de regulamentação para que o etanol se torne um combustível de maior relevância para o Brasil, em especial em regiões de logística desfavorável com disponibilidade de usinas de etanol”, diz Cid Sanches.
De acordo com dados da Aprosoja-MT, tal investimento se torna viável se o produtor vender a saca até R$20,00 – considerando o preço do litro do etanol de R$1,5.
Produção Brasileira 
Segundo a Conab o Centro-Oeste é hoje a maior região produtora de milho, representando 45% da produção nacional, o que corresponde 35,4 milhões de toneladas. Já a produção brasileira de milho, na safra 2014/2015, foi de quase 80 milhões de toneladas. Para o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, os números mostram que o produtor brasileiro faz a sua parte, “as safras são recordes, mas existe a necessidade de melhorar a remuneração do produto, especialmente na região central do país”.
Para Glauber Silveira, diretor da Aprosoja-MT e palestrante no fórum, o milho que será usado para produzir etanol é o que sobra após satisfazer o consumo do país, ou seja, não haverá competição entre a produção destinada a alimentação humana/animal. “A ideie é transformar parte desse produto em etanol e também, aproveitar seu subproduto, o DDGS”, afirma Silveira.
Pepro de Milho
Na safra 2015 de milho, os R$500 milhões disponibilizados pelo Governo Federal para custear os leilões de milho foram uma alternativa para escoar o excedente do cereal, mas para o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, essa não é uma medida sustentável nos próximos anos.
“Acredito que com um cenário econômico cada vez menos favorável, a Aprosoja precisa propor alternativas de garantia de renda ao produtor por meio de modelos menos dependentes de mecanismos de governo, incentivando o consumo interno de milho e a agregação de valor a cadeia do cereal”, afirma Rosa.
Estudos da Aprosoja -MT
No ano passado, a Aprosoja-MT apresentou um estudo que comprova a viabilidade do etanol de cereais no Estado. Tomando como exemplo uma usina full (que produz etanol somente a partir de cereais), com o processamento de mil toneladas de milho por dia seriam produzidos 130 mil metros cúbicos de etanol por ano, e 80 mil metros cúbicos de DDG – farelo proteico originado do cereal, muito utilizado para alimentação animal.
Isso sem contar com a geração de CO2 , outra oportunidade de negócio. Nos cálculos feitos no estudo, com a situação atual da legislação tributária para etanol, o investimento de US$ 69 milhões na construção da usina teria retorno em 66 meses, contando com a construção. O lucro líquido seria de 10% e a taxa de retorno, por volta de 25%.
Confira a programação
Confira: PROGRAMAÇÃO _II FÓRUM ETANOL DE CEREAIS
SERVIÇO
II Fórum de Etanol de Milho
Data: 14 de maio de 2015
Hora: 8h30
Local: Auditório da CNA – Brasília (DF)
Informações: 61 3551-1640
Inscrições: comunicacao@aposojabrasil.com.br
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil