Aprosoja Brasil participa de Seminário da ABAG sobre as perdas que a Ferrugem Asiática causa nas lavouras.
Que a ferrugem existe nas lavouras brasileiras e que os impactos da doença na safra causam prejuízos é inegável para os produtores soja. Mas, o que ainda gera dúvida aos agricultores é: como combater essa doença e evitá-la em suas lavouras.
E, foi pensando nesse tema polêmico que, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) realiza nesta quinta-feira (27/08) um seminário sobre o “Impacto da Ferrugem Asiática na cadeia produtiva da soja nos próximos dez anos”. Para debater o tema o encontro contou com o vice presidente imediato da Aprosoja Brasil, Ricardo Tomczyk, entre outros participantes como representantes do governo, de associações, da indústria e também o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar do agronegócio (FPA), Marcos Montes.
A ideia do seminário é debater o controle da ferrugem, por meio de pesquisas, fungicidas e também através do vazio sanitário. De acordo com a apresentação do presidente da Abag, Luiz Carvalho, foi no ano de 2002/2003 que a Ferrugem entrou no Brasil e expandiu por quase todas as regiões produtoras afetando os números da colheita nacional. “A entrada da Ferrugem no Brasil trouxe impacto na cadeia da soja e por isso o tema deve ser tratado com prioridade pelo setor”, explica Carvalho.
Na safra 2003/2004, também por conta das peculiaridades climáticas regionais e pela baixa disponibilidade de fungicidas no mercado, as perdas só aumentaram. E desde então a ferrugem e pauta do setor agrícola e inimiga das lavouras de soja. Para o vice presidente da Aprosoja Brasil, investir em pesquisa é fundamental. “Temos que pensar no futuro, pois os cenários para ferrugem é nebuloso, pouco produto a disposição e o que temos como uma boa alternativa é o vazio sanitário”, comenta Tomczyk.
Para a pesquisadora da Embrapa, Claudia Godoy, as pesquisas mostram que a ferrugem não tolera produtos com baixa eficiência e que o plantio tardio da soja é prejudicial à doença. “O plantio tardio é um dos fatores limitantes para maior incidência da praga. Para diminuir a ferrugem nas lavouras é fundamental definir a janela de semeadura de soja e estipular uma data limite para a o plantio”, explica Godoy.
Uma nova política fitossanitária
De acordo com representante do Ministério da Agricultura, Girabis Ramos , faz parte das medidas do Mapa focar na liberação de novos produtos. “A gestão da Ministra Kátia o Ministério da Agricultura vem periodizando a política fitossanitária, que vigora há mais de 20 anos e não acompanhou a evolução do campo”, disse Ramos.
Para a Aprosoja Brasil a modernização da norma é essencial para o Brasil ser competitivo no Mercado. “Infelizmente a burocracia no Brasil é um problema. Plantamos em um país tropical e é fundamental termos agilidade e eficiência na liberação de ativos para combater pragas e doenças”, destaca o vice presidente da Aprosoja Brasil, Ricardo Tomczyk.
O diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Eduardo Daher, explica que para se ter a eficiência dos produtos utilizados é necessário fazer a rotação de ingredientes ativos. “Para garantirmos a sustentabilidade econômico, social e ambiental é necessário integrar as tecnologias para termos melhores resultados na lavoura”, garante Daher.
Política de conscientização
Desde a safra passada a Aprosoja MT está trabalhando firmemente com uma campanha de conscientização sobre o período do vazio sanitário para combater a ferrugem. Para o vice presidente da Aprosoja Brasil é essencial, que o produtor respeite o tempo do vazio. “Temos que abrir mão de alguma coisa para um bem maior e quando estipulamos uma data para plantio estamos preocupados com o futuro da agricultura brasileira”, disse Ricardo Tomaczyk.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil