
Essa semana, a Aprosoja Brasil participou em Campo Grande (MS) da terceira edição da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central. O evento acontece a cada dois anos e é focado no agronegócio do Centro Oeste.
Para a Aprosoja Brasil o evento é uma oportunidade para debater os entraves da região, que representa 39% do plantio do Brasil, 42% da produção nacional e 44% de toda soja e milho exportado pelo país. Mas, mesmo com cenários tão positivos os estados que compõem a região ainda padecem de graves entraves, como a falta de infraestrutura e logística, além de conflitos fundiários insolventes.
Invasões indígenas é tema de debate na Bienal

Durante a abertura o presidente da Federação da Agricultura do Mato Grosso (Famato), Rui Prado, pediu um minuto de silencio pelas famílias que perderam suas terras. A deputada Federal, Tereza Cristina afirmou que a questão fundiária é prioridade dos deputados da Frente Parlamentar que defende os produtores rurais. A “PEC 215 tem que sair da CCJ (na Câmara) e ir para o Senado o mais rápido possível e ser aprovada, para assim evitarmos violência no campo”.
Para o presidente da Aprosoja MS, Christiano Bortolotto, mais de 95 propriedades invadidas . “Não existe segurança jurídica no campo, os produtores estão perdendo terras que pertencem as suas famílias há mais de 100 anos. Essa situação tem que ser resolvida de uma forma justa e prudente”, afirmou Bortolotto.
Competitividade, Sustentabilidade e Tecnologia/Inovação são temas de fóruns na Bienal

O economista Pessoa fez um breve panorama da atual gestão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e deixou claro que o atual cenário é de recessão. “A desaceleração ocorreu por carência de oferta. O padrão mudou ano passado com a queda da demanda, que primeiro ocorreu devido a queda dos investimentos e este ano está caindo, também por conta da redução do consumo”, detalhou o economista. Segundo Pessoa, se tudo der certo, o país deixará a recessão em 2017 e que isso dependerá dos gestores públicos.
O presidente da Aprosoja Brasil aproveitou o momento, e destacou a possível crise no mercado Chinês. “Nos como produtores estamos vendo na imprensa que o nosso maior investidor, está passando por turbulências econômicas, como produtor me preocupo com esse cenário, pois a China é o país que mais importa a soja brasileira”, destacou Almir.
Ainda no debate, Rodrigues deixou claro a importância do Brasil como produtor de alimentos e afirmou que Brasil é o país que mais preserva no mundo. “Temos um código florestal, nossas florestas são preservadas. O produtor se preocupa em cuidar da terra que ele usa como fonte de renda”, destacou.
Produtividade e qualidade na colheita – Prêmio CESB

Neste ano, o grande vencedor foi o produtor e engenheiro agrônomo Alisson Alceu Hilgenberg, de Ponta Grossa (PR). Ele e o pai, Vilson, conquistaram o que foi considerado um recorde de produtividade em todas as edições do Desafio: 141,79 sacas por hectare, o equivalente a 8.507 kg de soja por hectare. Para o vencedor, a vitória tem a ver com a a correção de solo com um programa de rotação de cultura dentro do sistema de plantio direto, que foi aperfeiçoada nos últimos oito anos .” Essa fertilidade do solo construída por anos foi o início para a conquista desse grande resultado”, afirmou Hilgenberg.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil