Projeto Rally da Safra encerra a expedição nas lavouras de soja com o objetivo de reduzir a assimetria de informação no mercado
Nesta quarta-feira (16), Presidente da Aprosoja Brasil foi homenageado no encerramento do Rally da Safra. Segundo o diretor da AgroConsult, André Pessôa, a entidade é um exemplo de liderança e comprometimento com o setor
Há nove anos, o projeto Rally da Safra é uma expedição técnica, realizado pela AgroConsult, que tem como objetivo avaliar a safra brasileira de milho e soja. O projeto itinerante percorre 99% da área cultivada com soja e 80% da área cultivada com milho, no país. Nesta edição, a equipe percorreu 70 mil quilômetros na safra de verão e ainda percorrerá mais 15 mil quilômetros para levantamento da segunda safra de milho.
Para o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, trata-se de um dos melhores trabalhos no mundo de levantamento de informações qualificadas de safra. “Para nós da Aprosoja Brasil é um honra participar do encerramento do Rally da Safra. As informações da expedição são utilizadas pelos produtores e por toda a cadeia do grão para avaliarem tendências em investimentos, endividamento, comercialização, custos de produção e tecnologias em todo o Brasil agrícola”. Dalpasquale disse ainda que são empresas e entidades compromissadas com a produção, como a AgroConsult, que realmente tem trazido benefícios para o agronegócio brasileiro.
Resultados
Para a safra 2015/2016 os resultados foram melhores que o esperado, isso porque de acordo com os dados do projeto, o Brasil irá produzir 101,7 milhões de toneladas somente da oleaginosa. Tal número gerou surpresas devido as dificuldades encontradas, como problemas climáticos, falta de recurso para crédito, preço das commodities baixo, perda de crescimento por hectare e a presença de doenças nas lavouras, como ferrugem e mosca branca.
Para o dirigente da Aprosoja Brasil, a produção recorde do país em meio a intempéries climáticas mostra que houve discrepância entre as produtividades dependendo da região. “O produtor brasileiro terá um grande desafio pela frente, zelar pelas boas práticas agrícolas. Este tem sido o diferencial entre os que produziram muito bem e outros que tiveram produtividades na média”, afirma Dalpasquale.
O projeto encontrou regiões com uma média bem acima da última safra 2014/2015, como por exemplo, Goiás, que subiu 43,2 sacas/hectares para 53,1 sacas/hectares. Segundo os dados do Rally da Safra, o aumento de produtividade do estado, se deu por conta da regularidade do clima.
Já o estado de Mato Grosso somente a região Oeste e a Sul tiveram produtividade excepcionais, próximo a 60sacas/hectare. De maneira geral o clima irregular provocou grandes contrastes de produtividade, o que fez com que a média do estado fosse 52 sacas/hectare. Número menor comparado com o do último ano, de 53 sacas/hectare.
De acordo com o diretor da AgroConsult, André Pessôa, tiveram propriedades com alta produtividade, mas essas não sãos as médias das lavouras do país. “Não esperávamos encontrar lavouras de 80 sacas/hectare, resultado surpreendente. Mas, a nossa previsão é fechar a safra de grãos brasileira com 212, 7 milhões de toneladas, tal número irá depender do resultado da safrinha”.
Outro dado divulgado pelo Rally da Safra foi existência de áreas que podem se tornar agrícola no Cerrado Brasileiro. “De acordo com as estimativas da expedição, 20,4 milhões de hectares do bioma Cerrado são de alta aptidão para produção”, explicou Pessôa.
Para o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, a expansão do Cerrado é uma forma de aumentar ainda mais a produção nacional. Mas Dalpasquale frisou a necessidade de se investir em pesquisa. “É fundamental, sempre, qualificar e quantificar os estudos para ampliar a produtividade de acordo com as necessidades do campo”.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil