Painel técnico foi realizado nessa terça-feira (21.06.16), pela Câmara Setorial da Soja no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
À tarde, na reunião da Câmara, foram tratados temas como custeio e investimento.
A Aprosoja Brasil solicitou ao MAPA revisão das questões técnicas envolvidas e protocolou pedido de revista de um dos critérios do padrão de classificação. Segundo o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, esse é um dos assuntos mais relevantes para os produtores de soja. “Não há um só produtor de soja do país que não tenha alguma reclamação relacionada aos critérios aplicados para determinação do padrão de soja grãos, por isso a Aprosoja tem investido tempo e recursos para resolver essa questão”, destacou da Rosa.
Um debate profundo e acalorado se desenvolveu durante toda a manhã. Para debater revisão do padrão de qualidade da soja, foram convidados representes da Universidade Federal MT, da Embrapa Soja, da OCB, Acebra e Abiove. Durante o debate foi evidenciado que a problemática passa também pela qualidade atual da classificação praticada no momento da entrega do grão, ponto de grande reclamação dos produtores. Também foram destacados impactos importantes na qualidade do grão decorrentes de falhas na armazenagem.
Para o presidente da Câmara Setorial da Soja e diretor da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, é fundamental resolver o entrave da falta de padronização para a classificação de grãos. “O que os produtores almejam é justiça no momento de verificar os defeitos e impurezas na sua carga. Eu mesmo já levei a mesma soja em trades diferentes e me cobraram valores distintos, ou seja, não existe padronização nos critérios usados”, afirmou.
Como encaminhamento, ficou estabelecido à necessidade de realizar uma pesquisa mais ampla que responda questões técnicas ainda pendentes, através de mais instituições de pesquisa voltadas oficiais, além da UFMT. Além da pesquisa ficou estabelecida a necessidade de retomar as atividades do Grupo de Trabalho de Classificação da Câmara.
Custeio e Investimento preocupam a sojicultora nacional
A Atual conjuntura do setor preocupa os produtores de todo país, isso porque devido aos problemas climáticos da safra 2015/20216, municípios do Piauí, Maranhão e Tocantins, por exemplo, colheram 7 sacas por hectare. Portanto, é fato que toda a região MATOPIBA está com problemas graves de produtividade. “O Maranhão, por exemplo, teve 60% de quebra no estado, comentou diretor executivo da Aprosoja Brasil”, destacou Fabrício Rosa – diretor executivo da Aprosoja Brasil.
Taxação de grãos em Goiás preocupa setor
Ao final da Câmara Setorial, foi convidado a explanar o presidente da Aprosoja Goiás e Vice-presidente imediato da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz. Braz explicou as medidas do governo estadual, no qual há duas semanas publicou uma resolução que cria uma reserva interna de mercado de soja e milho, limitando as exportações dos grãos. O representante destacou que já pediu apoio à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e que se a medida permanecer será viabilizado um estudo para averiguar a possibilidade implantar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. “Estamos confiantes que o governo estadual não irá manter a medida, isso porque a resolução inibe o crescimento da produção”. Braz lembrou ainda que faltam armazéns no país. “Infelizmente não há lugar para guardar nosso grão, então não vejo alternativa a nãos ser exportá-lo, segurar internamente é pressionar custos logísticos”, argumentou o vice-presidente imediato da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil