Os custos de produção para a safra 2017/18 já começam a ser discutidos. O Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA) já realizou algumas projeções mostrando que os produtores que fazem seus custos em reais, por conta do câmbio, poderão ter um custo até 3% menor do que na safra 2016/17.
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De acordo com Daniel Latorraca, superintendente do IMEA, a queda de quase 10% no câmbio em relação ao ano passado abre uma melhora na realização dos custos em reais. Os fertilizantes deverão ter uma queda de 8%, enquanto os defensivos devem cair 6,41%.
Um item importante a ser levado em consideração também é o Pré-Custeio. O dinheiro será disponibilizado em reais, logo, os produtores que pegarem essa oportunidade poderão trabalhar com o custo na moeda local. Com isso, o custo total da lavoura fica em R$2000 por hectare, em comparação com R$2176 do ano passado.
Para aqueles produtores que fecham o custo em dólar, o cenário deverá ser diferente. Os fertilizantes deverão trazer uma alta de 0,79% e os defensivos, de 2,71%. A leve alta registrada leva o custeio da lavoura a US$631 o hectare, uma alta de 4,89% em relação ao último ano.
No entanto, a paridade dos preços de exportação já destaca março/2018 com um preço inferior a março/2017. Latorraca lembra que “quando a gente começa a pensar na troca ou na venda a prazo desses insumos, este é um fator chave que está travando o processo”. Ou seja: apesar de o custo em reais estar caindo, a relação em sacas por hectare é um pouco maior, se considerados os preços da Bolsa de Chicago (CBOT) no momento.
No que diz respeito à safra atual, ainda há muito a ser comercializado, o que também se torna um ponto de atenção para a próxima safra. O capital próprio para esta safra caiu de 40% de todo o custeio para 33%. Para a próxima safra, “se tudo der certo e correr bem, esse capital próprio pode subir”, destaca Latorraca. “Mas é cedo dizer. A colheita vai se consolidar em fevereiro e em março vamos ter uma sinalização melhor de como foi a rentabilidade nessa safra”.
Logo, a próxima safra ainda depende de uma melhor rentabilidade nessa safra. A expectativa é de que o capital suba e que a taxa de juros tenha uma queda.
Com o câmbio fechando a R$3,12, há também uma perspectiva de que possa haver queda por mais tempo. Neste cenário, as exportações de carne e milho podem ser comprometidas. A soja, que tem um bom volume de contratos fechados e uma perspectiva de safra menor na Argentina deverá ser pouco atrapalhada por essa questão.
Garantia de preços e comercialização
Segundo Latorraca, o produtor brasileiro “tem buscado garantir o preço sempre”. O hedge feito antes da colheita, tradicionalmente, é de 50%. O mercado de opções, de acordo com o superintendente, é uma oportunidade para se trabalhar neste mercado, mas não é muito utilizada.
Para o milho, a média dos preços no Mato Grosso deve ficar entre R$16 a R$16,50, o que cobre os custos, mas não remunera dos produtores. A situação é delicada e, portanto, ainda não há comercializações para o cereal. Um preço de R$18 a R$19 teria mais atenção por parte dos produtores.
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De acordo com Daniel Latorraca, superintendente do IMEA, a queda de quase 10% no câmbio em relação ao ano passado abre uma melhora na realização dos custos em reais. Os fertilizantes deverão ter uma queda de 8%, enquanto os defensivos devem cair 6,41%.
Um item importante a ser levado em consideração também é o Pré-Custeio. O dinheiro será disponibilizado em reais, logo, os produtores que pegarem essa oportunidade poderão trabalhar com o custo na moeda local. Com isso, o custo total da lavoura fica em R$2000 por hectare, em comparação com R$2176 do ano passado.
Para aqueles produtores que fecham o custo em dólar, o cenário deverá ser diferente. Os fertilizantes deverão trazer uma alta de 0,79% e os defensivos, de 2,71%. A leve alta registrada leva o custeio da lavoura a US$631 o hectare, uma alta de 4,89% em relação ao último ano.
No entanto, a paridade dos preços de exportação já destaca março/2018 com um preço inferior a março/2017. Latorraca lembra que “quando a gente começa a pensar na troca ou na venda a prazo desses insumos, este é um fator chave que está travando o processo”. Ou seja: apesar de o custo em reais estar caindo, a relação em sacas por hectare é um pouco maior, se considerados os preços da Bolsa de Chicago (CBOT) no momento.
No que diz respeito à safra atual, ainda há muito a ser comercializado, o que também se torna um ponto de atenção para a próxima safra. O capital próprio para esta safra caiu de 40% de todo o custeio para 33%. Para a próxima safra, “se tudo der certo e correr bem, esse capital próprio pode subir”, destaca Latorraca. “Mas é cedo dizer. A colheita vai se consolidar em fevereiro e em março vamos ter uma sinalização melhor de como foi a rentabilidade nessa safra”.
Logo, a próxima safra ainda depende de uma melhor rentabilidade nessa safra. A expectativa é de que o capital suba e que a taxa de juros tenha uma queda.
Com o câmbio fechando a R$3,12, há também uma perspectiva de que possa haver queda por mais tempo. Neste cenário, as exportações de carne e milho podem ser comprometidas. A soja, que tem um bom volume de contratos fechados e uma perspectiva de safra menor na Argentina deverá ser pouco atrapalhada por essa questão.
Garantia de preços e comercialização
Segundo Latorraca, o produtor brasileiro “tem buscado garantir o preço sempre”. O hedge feito antes da colheita, tradicionalmente, é de 50%. O mercado de opções, de acordo com o superintendente, é uma oportunidade para se trabalhar neste mercado, mas não é muito utilizada.
Para o milho, a média dos preços no Mato Grosso deve ficar entre R$16 a R$16,50, o que cobre os custos, mas não remunera dos produtores. A situação é delicada e, portanto, ainda não há comercializações para o cereal. Um preço de R$18 a R$19 teria mais atenção por parte dos produtores.
Por: Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas