A abordagem de problemas recentes do setor agropecuário, como a cobrança do Funrural, os desdobramentos da Operação Carne Fraca e as perspectivas para o Plano Safra 2017/18, deram a tônica dos discursos de autoridades durante a abertura da 16ª edição da feira Tecnoshow Comigo, nesta segunda-feira (3), em Rio Verde-GO.
Bastante elogiado por sua rápida atuação para conter os impactos da Operação Carne Fraca junto aos países importadores, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, iniciou dizendo que nas últimas semanas “muitas coisas mudaram no nosso setor para pior, acendendo o sinal amarelo”.
Sobre a operação da Polícia Federal, ele afirmou que o primeiro momento foi de “estancar” o problema. Segundo ele, agora é preciso reconquistar a confiança dos mercados, fazendo isso com muita transparência. Quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal, que julgou constitucional a cobrança do Funrural, Blairo a classificou como “muito grave”.
Segundo o ministro, cálculos preliminares no setor de soja estimam o passivo dos últimos cinco anos em 10 sacas por hectare, “não a preços de R$ 53, mas a preços de R$ 80 por saca”, frisou. “Sei quanto custa e quanto custará essa decisão sobre o Funrural. Significa atraso tecnológico, não investir na propriedade, tirar dinheiro da mão eficiente do produtor para colocar na ineficiência do Estado”, ressaltou Blairo.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faeg), José Mário Schreiner, disse que decisões jurídicas devem ser acatadas, mas demonstrou estar do lado dos produtores. “A CNA [Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil] tem uma opinião; os produtores, a Faeg e sindicatos e a Aprosoja têm outra opinião. Somos contra o Funrural”, declarou. “Agora precisamos unir forças para renegociar o retroativo e procurar uma saída para trazer equilíbrio a toda a agropecuária brasileira. Essa é a nossa missão.”
O senador Ronaldo Caiado também comentou que vai buscar alternativas em relação ao passivo do Funrural “para não inviabilizar nem levar o produtor à falência”. Ele revelou que as dívidas retroativas podem comprometer 25% de toda a produção rural do País.
Caiado criticou duramente a diferença entre a base de cálculo da contribuição à Previdência pelo setor rural e pelo empregador urbano. “Estamos pagando a duras custas uma dívida que não é nossa”, lamentou. O senador informou que vai apresentar no Senado um projeto em caráter de urgência que permita ao produtor decidir pelo recolhimento sobre a folha de pagamentos ou sobre a receita bruta da empresa rural.
O presidente da Aprosoja-GO, Bartolomeu Pereira, aproveitou a oportunidade para conversar com Blairo e Caiado sobre a preocupação do produtor em relação ao passivo do Funrural. “Quem não recolheu o imposto terá que devolver praticamente uma das cinco últimas safras que teve. Imagine o impacto disso nas finanças do produtor”, destacou.
Segundo Bartolomeu, o ministro e o senador prometeram ajudar a encontrar uma solução para essa demanda, com o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que tem condições de apresentar algum projeto de lei sobre o assunto, evitando que o “produtor não fique em mais dificuldades do que já está, com custos de produção tão altos e preços muito baixos”. Nesta quinta-feira (6), o presidente da Aprosoja-GO deve participar de reunião em Brasília para tratar do Funrural.
Plano Safra
Na abertura da feira, o presidente da Faeg afirmou também que as entidades do agro estão travando um grande embate com a área econômica do governo em relação às condições do Plano Safra 2017/18, porque “eles pensam que a agricultura e a pecuária estão indo muito bem”. José Mário lembrou que juros em torno de 9,5% com inflação perto de 4,5% significam taxa real de 5%, prejudicando investimentos.
Blairo Maggi informou que o Mapa ainda não recebeu posição do governo sobre o Plano Safra e ressaltou que o posicionamento do ministério é o mesmo das entidades do setor. “É preciso dar fôlego à agricultura e pecuária para continuarem sendo o que são. Não está fácil, mas estamos lutando.”
Representando o governador Marconi Perillo, seu vice José Eliton, discursou que o Estado de Goiás está muito bem. Do pouco que falou sobre o setor agro, ele informou que as máquinas já começam a trabalhar na construção da 3ª faixa na GO-174 e que a obra deve ser entregue ainda neste mandato.
O anfitrião e presidente da Exposhow Comigo, Antônio Chavaglia, cobrou investimentos em infraestrutura rodoviária e de armazenagem e defendeu redução de juros do Plano Safra. Ele recebeu mais de 40 autoridades de diversas entidades para a abertura da Tecnoshow, que foi muito prestigiada politicamente. Além de Ronaldo Caiado, os senadores Lúcia Vânia e Wilder Morais, os deputados federais Heuler Cruvinel e Marcos Abrão, e deputados estaduais como Lissauer Vieira marcaram presença.
Fonte: Laura de Paula – Aprosoja GO
Bastante elogiado por sua rápida atuação para conter os impactos da Operação Carne Fraca junto aos países importadores, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, iniciou dizendo que nas últimas semanas “muitas coisas mudaram no nosso setor para pior, acendendo o sinal amarelo”.
Sobre a operação da Polícia Federal, ele afirmou que o primeiro momento foi de “estancar” o problema. Segundo ele, agora é preciso reconquistar a confiança dos mercados, fazendo isso com muita transparência. Quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal, que julgou constitucional a cobrança do Funrural, Blairo a classificou como “muito grave”.
Segundo o ministro, cálculos preliminares no setor de soja estimam o passivo dos últimos cinco anos em 10 sacas por hectare, “não a preços de R$ 53, mas a preços de R$ 80 por saca”, frisou. “Sei quanto custa e quanto custará essa decisão sobre o Funrural. Significa atraso tecnológico, não investir na propriedade, tirar dinheiro da mão eficiente do produtor para colocar na ineficiência do Estado”, ressaltou Blairo.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faeg), José Mário Schreiner, disse que decisões jurídicas devem ser acatadas, mas demonstrou estar do lado dos produtores. “A CNA [Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil] tem uma opinião; os produtores, a Faeg e sindicatos e a Aprosoja têm outra opinião. Somos contra o Funrural”, declarou. “Agora precisamos unir forças para renegociar o retroativo e procurar uma saída para trazer equilíbrio a toda a agropecuária brasileira. Essa é a nossa missão.”
O senador Ronaldo Caiado também comentou que vai buscar alternativas em relação ao passivo do Funrural “para não inviabilizar nem levar o produtor à falência”. Ele revelou que as dívidas retroativas podem comprometer 25% de toda a produção rural do País.
Caiado criticou duramente a diferença entre a base de cálculo da contribuição à Previdência pelo setor rural e pelo empregador urbano. “Estamos pagando a duras custas uma dívida que não é nossa”, lamentou. O senador informou que vai apresentar no Senado um projeto em caráter de urgência que permita ao produtor decidir pelo recolhimento sobre a folha de pagamentos ou sobre a receita bruta da empresa rural.
O presidente da Aprosoja-GO, Bartolomeu Pereira, aproveitou a oportunidade para conversar com Blairo e Caiado sobre a preocupação do produtor em relação ao passivo do Funrural. “Quem não recolheu o imposto terá que devolver praticamente uma das cinco últimas safras que teve. Imagine o impacto disso nas finanças do produtor”, destacou.
Segundo Bartolomeu, o ministro e o senador prometeram ajudar a encontrar uma solução para essa demanda, com o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que tem condições de apresentar algum projeto de lei sobre o assunto, evitando que o “produtor não fique em mais dificuldades do que já está, com custos de produção tão altos e preços muito baixos”. Nesta quinta-feira (6), o presidente da Aprosoja-GO deve participar de reunião em Brasília para tratar do Funrural.
Plano Safra
Na abertura da feira, o presidente da Faeg afirmou também que as entidades do agro estão travando um grande embate com a área econômica do governo em relação às condições do Plano Safra 2017/18, porque “eles pensam que a agricultura e a pecuária estão indo muito bem”. José Mário lembrou que juros em torno de 9,5% com inflação perto de 4,5% significam taxa real de 5%, prejudicando investimentos.
Blairo Maggi informou que o Mapa ainda não recebeu posição do governo sobre o Plano Safra e ressaltou que o posicionamento do ministério é o mesmo das entidades do setor. “É preciso dar fôlego à agricultura e pecuária para continuarem sendo o que são. Não está fácil, mas estamos lutando.”
Representando o governador Marconi Perillo, seu vice José Eliton, discursou que o Estado de Goiás está muito bem. Do pouco que falou sobre o setor agro, ele informou que as máquinas já começam a trabalhar na construção da 3ª faixa na GO-174 e que a obra deve ser entregue ainda neste mandato.
O anfitrião e presidente da Exposhow Comigo, Antônio Chavaglia, cobrou investimentos em infraestrutura rodoviária e de armazenagem e defendeu redução de juros do Plano Safra. Ele recebeu mais de 40 autoridades de diversas entidades para a abertura da Tecnoshow, que foi muito prestigiada politicamente. Além de Ronaldo Caiado, os senadores Lúcia Vânia e Wilder Morais, os deputados federais Heuler Cruvinel e Marcos Abrão, e deputados estaduais como Lissauer Vieira marcaram presença.
Fonte: Laura de Paula – Aprosoja GO