Na sessão desta quinta-feira (13) – que é a última da semana, já que as bolsas americanas não funcionam neste feriado de Sexta-Feira Santa (14) – continua o movimento de alta entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. Por volta de 8h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 9,75 e 10,25 pontos e assim o vencimento maio/17 já superava os US$ 9,50 e era cotado a US$ 9,58.
Além da busca por consolidar uma recuperação depois das baixas intensas dos últimos dias e do maior apetite dos fundos por ‘barganhas’, o avanço dos preços da oleaginosa se dão também em função das condições climáticas na Argentina.
De acordo com um levantamento feito pela Bolsa de Buenos Aires, mais de 1 milhão de hectares foram afetados pelas fortes precipitações. “Na semana passada, extensas regiões de Buenos Aires receberam cerca de 200 mm de chuvas que causaram cheias em rios e campos, trazendo atraso na colheita e a perda de muitas áreas plantadas”, informou o reporte da Bolsa.
A situação traz de volta à memória dos traders as inundações da safra passada, que causaram perdas bastante severas para os produtores argentinos. A Bolsa de Buenos Aires, porém, ainda mantém sua estimativa de colheita em 56,5 milhões de toneladas de soja e de 37 milhões no caso do milho.
As chuvas não chamam a atenção só na Argentina, mas também nos Estados Unidos. O excesso de umidade em partes do Corn Belt preocupa, uma vez que causa algum atraso no início do plantio do milho neste momento, mas nada que, por enquanto, comprometa a safra americana.
“O mercado está começando a olhar com mais atenção para as chuvas no Meio-Oeste americano nos próximos dias. Mas ainda é um período recente para o plantio do milho”, diz Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Australia, em entrevista ao portal Agrimoney.
Fonte: Notícias Agrícolas