O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo boletim mensal de oferta e demanda e confirmou a redução dos estoques finais de soja tanto da safra velha, como da nova. Além disso, o reporte ainda trouxe vários ajustes entre os números do milho, como um aumento da área norte-americana, da produção e dos estoques da temporada 2017/18.
Soja – Safra 2016/17
Os estoques finais da temporada 2016/17 vieram estimados em 11,16 milhões de toneladas, contra 12,2 milhões do boletim anterior e abaixo da média das expectativas, que era de 11,81 milhões. O intervalo esperado era de 10,4 a 12,79 milhões.
Entre os dados de consumo, o departamento indicou uma redução no esmagamento americano para 51,71 milhões de toneladas, e corrigiu, enfim, as exportações norte-americanas para cima, estimadas agora em 57,15 milhões de toneladas. As importações da China também subiram e passaram de 89 para 91 milhões de toneladas.
Ainda sobre a safra 2016/17, o USDA revisou as exportações brasileiras de 62,4 para 61,5 milhões de toneladas, ao passo em que aumentou os estoques finais do Brasil para 25,82 milhões de toneladas.
O boletim indicou ainda um aumento dos estoques da Argentina para 33,1 milhões de toneladas, e um recuo das exportações para 8 milhões de toneladas.
A produção mundial, por outro lado, foi revisada para cima e foi reportada em 351,78 milhões de toneladas, com os estoques finais subindo de 93,21 para 94,78 milhões de toneladas.
Soja – Safra 2017/18
Entre os destaques da safra 2017/18 de soja dos EUA vieram o aumento da produção de 115,8 para 115,94 milhões de toneladas e, por outro lado, uma redução dos estoques finais de 13,47 milhões para 12,52 milhões de toneladas. O mercado esperava algo entre 8,16 e 16 milhões de toneladas, com a projeção média em 13,15 milhões.
No quadro global, a produção também subiu e passou de 344,68 para 345,09 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais ficaram em 93,53 milhões de toneladas, contra 88,81 milhões do relatório de junho.
Sobre o Brasil, o USDA manteve sua estimativa para a produção em 107 milhões de toneladas, mas subiu os estoques para 23,32 milhões e as exportações para 64 milhões de toneladas. Já para a Argentina, a mudança veio somente nos estoques, agora estimados em 33,1 milhões de toneladas, contra 32,45 milhões do mês passado.
E embora o departamento tenha indicado uma produção maior na China – de 14 milhões de toneladas – estima ainda um aumento das exportações para 94 milhões de toneladas na temporada 2017/18.
Milho – Safra 2016/17
Na contramão,o USDA aumentou os estoques finais da safra velha de milho dos EUA para 60,2 milhões de toneladas, contra 58,3 milhões de junho. As expectativas do mercado para esse número variavam de 57,79 a 60,84 milhões de toneladas, com média de 56,8 milhões. E essa foi a única mudança no quadro norte-americano.
Sobre a safra mundial, o USDA apontou um acréscimo para 1.068,79 bilhão de toneladas, enquanto os estoques finais globais subiram para 227,51 milhões de toneladas. Em junho, esses números vieram em 1.067,21 bilhão de toneladas e 224,59 milhões.
O departamento reportou ainda um aumento da safra de milho da Argentina para 41 milhões de toneladas e dos estoques para 3,57 milhões. A produção do Brasil foi mantida em 91 milhões na safra 2016/17.
Milho – Safra 2017/18
No boletim do milho, os destaques vieram para a safra nova. O USDA aumentou as áreas plantada e colhida para, respectivamente, 36,79 e 33,79 milhões de hectares, contra 36,42 e 33,35 milhões do reporte anterior.
Assim, subiu ainda sua estimativa para a colheita americana 2017/18 para 362,1 milhões de toneladas, quando em junho a estimativa era de 357,27 milhões de toneladas. No mesmo ritmo, revisou para cima também os estoques finais da safra nova para para 59,06 milhões de toneladas.
Na América do Sul, manutenção da safra do Brasil em 95 milhões de toneladas de milho, ao passo em que a da Argentina sobe para 41 milhões. Exportações de, respectivamente, 34 e 28,5 milhões de toneladas.
Sobre a produção global do cereal, o departamento estima um aumento para 1.036,90 bilhão de toneladas, e os estoques finais agora maiores, estimados em 200,81 milhões de tonelada.