De acordo com uma pesquisa da Embrapa, atualmente, a área com algum tipo de adoção de sistema Integração, Lavoura, Pecuária, Floresta (ILPF) no Brasil abrange 11,5 milhões de hectares. Os dados sobre boas práticas na agricultura foram discutidos durante audiência pública promovida nesta quarta-feira (10/10), em Brasília, pela Comissão Mista de Mudanças Climáticas.
Na ocasião, o pesquisador da Embrapa Cerrados, Robélio Marchão, citou os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris (COP 21) com o Plano ABC para recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e para que o Brasil atingisse 5 milhões de hectares com a ILPF.
A engenheira agrônoma Leda Fontenelles da Silva Tavares, da WWF, que representa o Grupo de Trabalho em Agropecuária de Baixas Emissões de Carbono (GT-ABC) da Coalizão Clima, Florestas e Agricultura, disse considerar que o ideal seria se todos os agricultores brasileiros produzissem com baixa emissão de carbono.
O coordenador de Agropecuária Conservacionista, Florestas Plantadas e Mudanças Climáticas do Ministério da Agricultura, Evilson Nunes Ribeiro, a adoção da agricultura ABC permite maior sequestro de carbono, redução da necessidade de novos desmatamentos, recuperação da qualidade da capacidade produtiva, menor erosão, melhor utilização da água, redução do uso de agrotóxicos, diversificação da produção e aumento da fixação de carbono.
Por fim, o gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Bernardo Pires, trouxe números positivos sobre os impactos da moratória da soja no bioma amazônico. Ele defendeu uma boa política de governança publica e privada para mitigação do desmatamento ilegal.
“Na década de 80, tínhamos 8 milhões de hectares plantados que produziam 13 milhões de toneladas. Atualmente a área de soja passou para 34 e a produção passou de 12 para 112 milhões. A área ade soja triplicou nos últimos dez anos na Amazônia e a taxa de desmatamento caiu três vezes”, finalizou.
Texto e edição: Vinícius Tavares
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