A soja pode aumentar a rentabilidade no campo, melhorar a qualidade dos solos e a alimentação dos rebanhos e promover desenvolvimento com geração de empregos e de tributos. A mensagem foi dirigida nesta sexta-feira (28/9) a produtores de milho de Sergipe pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira, que participou da 26ª Exposição Agropecuária Etapa Grãos de Frei Paulo, município localizado na região de Carira, a cerca de 70 km de Aracaju.
Bartolomeu apresentou o trabalho desenvolvido pela Aprosoja em 16 estados produtores e destacou também a importância do fortalecimento da representação política que apoia o setor produtivo tanto nas assembleias estaduais quanto na Câmara Federal.
“Tenho certeza de que os produtores de milho vão se interessar pelo cultivo de soja e em breve traremos a Aprosoja para Sergipe. Estamos em Brasília apoiando a Frente Parlamentar da Agropecuária e trabalhando em conjunto com as bancadas de apoio ao agro nos estados para aprovar propostas que beneficiem a todo o setor produtivo que gera renda, empregos e desenvolvimento para o país”, sublinhou Bartolomeu, que também é presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
Ao falar sobre produção e viabilidade da soja, o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, traçou um panorama sobre as vantagens do plantio da oleaginosa em Sergipe, que atualmente planta cerca de 200 mil hectares de milho e tem na produção de leite uma das principais atividades.
“A rentabilidade da soja supera a do milho. Uma boa alternativa é fazer a rotação das culturas para melhorar a qualidade dos solos, o que pode agregar até 15% no valor bruto da produção no sistema milho e soja. Com isso, o produtor vai promover o desenvolvimento da cadeia de grãos e gerar empregos diretos, indiretos e induzidos”, acrescentou.
Participaram do evento o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Sergipe (Faese), Ivan Sobral, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Abramilho) e ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli, que falou sobre o agronegócio brasileiro e o mercado de grãos: desafios e oportunidades, além de autoridades locais e produtores da região.
O evento também contou com a palestra do pesquisador André Aguirre, da A&R Consultoria, que abordou o tema “Como produzir milho em anos com baixos índices de chuva”. Produção e viabilidade do algodão foi o tema do pesquisador Elizio Diamantino.
“O Circuito Agropecuário acontece durante todo o ano de forma itinerante. Já discutimos leite e contabilidade rural e hoje estamos discutindo alternativas de produção de grãos em Sergipe. O objetivo é difundir tecnologia e conhecimento abrindo uma discussão para novas alternativas para produção de grãos em Sergipe”, explicou o presidente da Faese, Ivan Sobral.
O evento é promovido pela prefeitura de Frei Paulo, pela Faese e pelo Senar Sergipe, tem patrocínio do Sebrae, Banco do Nordeste, Banese, governo federal e apoio do governo de Sergipe.
Aprosoja Brasil