Cerca de 20 produtoras rurais de vários estados ouviram nesta segunda-feira (6/5), em Brasília, uma palestra do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz Pereira, sobre os desafios da cadeia produtiva da soja, a relevância deste segmento para a economia do país e a importância da participação das mulheres para o fortalecimento do agronegócio brasileiro.
O encontro faz parte do segundo módulo da Academia de Liderança para Mulheres do Agronegócio, uma iniciativa promovida pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Corteva Agriscience e Fundação Dom Cabral para proporcionar treinamento para que mais mulheres possam se desenvolver e se destacar nas empresas rurais, na agroindústria e nas entidades de classe.
Na ocasião, o presidente da Aprosoja Brasil respondeu questões das participantes, tais como tabelamento do frete, cobrança do Funrural, endividamento agrícola, uso de defensivos químicos, entre outros temas. Bartolomeu elogiou os organizadores pela realização do curso e salientou a cada vez maior participação de produtoras rurais no campo.
“Temos visto cada vez mais mulheres ocupando posições de destaque no agronegócio, contribuindo com uma nova forma de ver oportunidades de negócios e de desenvolvimento para pessoas e organizações. Em Goiás, por exemplo, as produtoras se organizaram e criaram a Aprosoja Mulher, uma iniciativa que partiu da liderança das produtoras rurais”, afirmou.
No mesmo encontro, a diretora executiva da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Liège Nogueira, destacou o trabalho da entidade junto com empresas e governo para a abertura de mercados à carne brasileira e o papel da mulher neste contexto. “O Brasil tem produzido mais em menos áreas e a mulher tem papel importante na comunicação e articulação deste setor com os diversos atores”, observou.
A coordenadora de Relações Institucionais da Corteva Agriscience, Rosemeire Santos, salientou a forma de atuação do External Affairs, área que a cuida de interesses das empresas e organizações. “O agro está inserido em um ambiente institucional diverso, complexo que exige uma forma mais ampla de atuação nas áreas jurídica, administrativa e na comunicação”, frisou.
Moderador da turma, o engenheiro agrônomo e economista Alexandre Mendonça de Barros fez uma apresentação sobre as principais políticas públicas para o agronegócio e elencou como prioridade temas como “agricultura e meio ambiente, agricultura e saúde humana, logística e infraestrutura, tributação e política externa”.
A turma inclui agricultoras e pecuaristas com perfil homogêneo, formada por mulheres proprietárias de terras e que ocupam posições estratégicas, tais como setor financeiro, administrativo e compras de empresas e propriedades rurais.
O primeiro módulo ocorreu em fevereiro deste ano, em São Paulo. A terceira e última etapa ocorrerá em Belo Horizonte, em junho. As participantes vão elaborar um projeto de conclusão de curso. Os cinco projetos vencedores serão conhecidos no Congresso Nacional das Mulheres do Agro, em outubro, e terão a oportunidade de visitar a sede da Corteva Agriscience nos Estados Unidos.
Aprosoja Brasil
Parabéns pelo artigo,adorei!