A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado da Bahia (Aprosoja Bahia), através de seu presidente, Alan Juliani, participou nos últimos dias de entrevistas em rádios no município de Luís Eduardo Magalhães, falando sobre o Vazio Sanitário da Soja. Ele participou também, no mês de julho, do Seminário “Soja Responsável – Produzindo Soja com Responsabilidade”, realizado em Palmas (TO).
Um trabalho de informação e conscientização foi realizado pela Aprosoja Bahia através das entrevistas nas rádios, destacando o tema “Vazio Sanitário da Soja”, que teve início em primeiro de julho e se estenderá até 7 de outubro de 2019 com o objetivo de reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática, doença que mais tem preocupado os sojicultores no Brasil.
O Vazio Sanitário é um período definido através de reuniões do Comitê Técnico Regional, composto pelo Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Secretaria de Agricultura Municipais, entidades representativas do agronegócio da região. Participam Aprosoja Bahia, Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano (Fundação Bahia), Sindicatos dos Produtores Rurais e Associação dos Engenheiros Agrônomos.
“Estamos trabalhando para realizar o combate a ferrugem asiática em nossas propriedades. Tivemos mais casos da doença nos anos de 2013 e 2017, o que nos fez ficar mais alertas e intensificar as nossas ações. Estamos trabalhando neste período com a orientação dos produtores e contamos também com a parceria com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que está no campo fiscalizando as propriedades. Tudo isso para garantir que se cumpra o vazio sanitário e assim tenhamos melhores safras em nossa região”, disse Alan Juliani.
A Aprosoja Bahia esteve presente também no Seminário “Soja Responsável – Produzindo Soja com Responsabilidade”, que aconteceu em 15 de julho em Palmas (TO) como uma resposta à ofensiva recente de ONGs e membros da cadeia europeia importadora de soja, consolidada na Declaração de Roterdã, bem como declaração da empresa Cargill, que investirá US$ 30 milhões para evitar o desmatamento do bioma Cerrado na região do Matopiba.
O evento teve como propósito afirmar e promover a sustentabilidade da soja brasileira, em especial nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Produtores rurais, entidades representativas do agro, pesquisadores e autoridades do legislativo e executivo estadual e federal estiveram reunidas discutindo o tema, que deu origem a “Carta de Palmas” documento que reúne dados da Embrapa Territorial que comprovam que 30% da região é destinado à preservação da vegetação nativa dentro das propriedades rurais, tendo mais 10% protegida por lei em Unidades de Conservação e Terras indígenas, o que representa cerca de 40% do território protegido ou preservado pelas leis e pelo Código Florestal Brasileiro.
A Carta de Palmas defende ainda que todos se unam para contribuírem com projetos de sustentabilidade dos produtores, tais com o Soja Plus – programa de gestão transparente e participativo da propriedade rural, que objetiva conciliar a produção agrícola com a conservação dos recursos naturais e proporcionar a melhoria da saúde e da segurança no trabalho rural, e que o mesmo seja implantado em todos os estados do Matopiba.
O presidente da Aprosoja Bahia, Alan Juliani, destaca que na região 72% de área é preservada, tendo em vista que apenas 5% desta são utilizadas pelo agronegócio e desse total 3% são cultivados com soja. Alan ressalta ainda que de acordo com dados oficiais da Embrapa Territorial, o Matopiba planta soja legal, com responsabilidade e sustentabilidade ambiental.
Ascom Aprosoja Bahia