Cerca de 40 produtores rurais de diversas cadeias produtivas (irrigantes, produtores de leite, granjeiros) se reuniram com o presidente da ENEL Goiás, José Luis Salas, na sede da empresa em Goiânia nesta quinta-feira (07).
A reunião foi convocada pelo representante da FAEG no Conselho de Consumidores de Energia Elétrica de Goiás (CONCEG), produtor rural Félix Curado, após o aumento de reclamações sobre a prestação de serviços da ENEL na zona rural de Goiás. Vice-presidente do CONCEG, Félix é membro da Diretoria da Aprosoja-GO, que ainda foi representada pelos diretores Vitor Gaiardo (presidente do Sindicato Rural de Jataí), Pedro Hugo Rezende (presidente do Sindicato Rural de Paraúna) e Eduardo Veras, também vice-presidente institucional da Faeg, além de diversos associados.
Falta de manutenção das redes elétricas (o que já provocou incêndios), interrupções prolongadas de energia (alguns casos chegam a 10 dias), atendimento falho e baixa qualificação das equipes foram as principais queixas dos produtores.
A ENEL repetiu o discurso de que está investindo para melhorar o serviço e alegou que o maior gargalo é mão-de-obra. O presidente Salas disse que a empresa está promovendo cursos de requalificação dos eletricistas que já atuavam na empresa e contratando até profissionais de outros Estados, pois Goiás não tem oferta suficiente. Segundo ele, nas próximas duas semanas cerca de 70 novas equipes devem começar a trabalhar no atendimento.
Ainda de acordo com o presidente, a ENEL está reforçando a gestão para reduzir o número de reincidências e o tempo de atendimento – atualmente, uma equipe realiza de 2 a 3 atendimentos por jornada de 7 horas (incluindo deslocamento, preparação e execução do serviço), e a meta é aumentar para 5 a 6 atendimentos/equipe/jornada.
Salas informou que está em andamento um centro de monitoramento para priorizar ocorrências de produtores rurais. “Para mim, está claro o sofrimento que vocês estão passando”, disse Salas encerrando quase 3 horas de reunião. “Temos os problemas e estamos trabalhando para resolver”, concluiu.
Do lado dos produtores, continua a insatisfação e o sentimento de que a empresa não está preparada para os atendimentos emergenciais – sem contar que o período chuvoso ainda não se estabeleceu de fato.
Texto: Laura de Paula/Aprosoja-GO