Ascom Aprosoja Brasil
O crescimento da demanda nos portos brasileiros tem feito o Governo Federal correr contra o tempo para assegurar investimentos em infraestrutura, já que, segundo dados da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP), a projeção é de que nos próximos anos o volume de carga atinja 2 bilhões de toneladas, distribuídos por 34 portos brasileiros. O tema foi debatido durante o XXIV Encontro Sobre o Corredor Multimodal Centro-Norte, em Brasília, e atenta para uma demanda reprimida de escoamento que existe especialmente nos portos do Norte e Nordeste do Brasil.
De acordo com o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Fabrício Rosa, hoje cerca de 15% das exportações brasileiras de milho e soja saem de embarcações dessas regiões e a expectativa é de que em 15 anos esse percentual dobre chegando a 30%. “Havendo esse investimento o resultado será benéfico não apenas para essas regiões, mas também para os portos do Sul e Sudeste, que terão a movimentação de cargas aliviada.
Segundo dados do Movimento Pró-Logística, até 2014 o volume de soja transportado pelas rodovias de Mato Grosso, maior produtor do grão no país, deve atingir cerca de 6 milhões de toneladas, o que representa 30% da produção do Estado de Mato Grosso.
O representante da SEP no encontro, Luiz Claudio Montenegro, afirmou que a pasta tem feito levantamentos constantes sobre as condições dos portos, trabalho que, segundo ele, tem sido acompanhado diretamente pela presidente da República, Dilma Rousseff, assim como as ações desenvolvidas pela VALEC.
“A presidente tem cobrado não apenas o projeto concluído, mas sim em execução”, afirmou. Montenegro ressaltou que a produção de soja é que ai demandar a real necessidade dos portos.
“Precisamos acompanhar todos esses os projetos e a execução das obras, e cobrar das autoridades que os prazos sejam cumpridos para que os projetos de infraestrutura e ampliação dos portos estejam prontos e gerem benefícios para toda sociedade”, afirmou o diretor-executivo da Aprosoja Brasil.
Conforme dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), haverá uma duplicação do movimento de transporte na região da Amazônia. O representante da ANTAQ, Adalberto Tokarski, afirmou que existem hoje mais de 1000 autorizações, e 400 em analise, para contemplar a demanda daquela região nos próximos três anos. “O Brasil hoje sabe, entende e está investindo para usar mais ferrovias e hidrovias”, destacou.
O encontro foi promovido pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte (ADECON), na Câmara dos Deputados, e reuniu deputados e representantes de entidades como publicas e privadas.