A colheita da safra 2013/14 no Paraná, de acordo com dados do Deral (Departamento de Economia Rural), chegou a 32% da área na última segunda-feira (17) e, mesmo com boa parte da soja ainda no campo, a expectativa da Aprosoja-PR é de uma redução significativa na produtividade média do Estado. Para José Eduardo Sismeiro, presidente da entidade estadual, os rendimentos não devem passar de 45 sacas por hectare.
A estiagem prolongada, por outro lado, não prejudicou somente a oleaginosa, mas tem dificultado o andamento do plantio da segunda safra de milho que atingiu apenas 41% da área. “Alguns produtores como eu tiveram sorte de pegar algumas chuvas e plantar dentro da janela ideal, mas muitos agricultores interromperam os trabalhos pela falta de umidade. Outros nem começaram a colocar as sementes no chão”, afirma Nelson Paludo, vice-presidente da Aprosoja-PR. Paludo, que também é presidente do Sindicato Rural de Toledo, planta 130 alqueires na região e destes apenas 53 foram semeados com milho safrinha.
A grande preocupação, segundo Paludo, é que muitos produtores devem estender o plantio para além da janela ideal e isso aumenta o risco de redução no potencial produtivo das lavouras, especialmente com o risco de geada. “A principal mudança dos seguros agrícolas é que eles deveriam cobrir, no caso do milho safrinha, não apenas quebra de produtividade, mas também redução na qualidade do cereal. O Proagro cobre esse ponto, mas o seguro agrícola não e não entendemos a razão”, questiona Paludo.
Hoje, além do Proagro, existem várias opções no mercado de seguro agrícola que podem amenizar os prejuízos em caso de frustração de safra, mas os produtores reclamam que é necessário ter um seguro de renda. “A gente se obriga a plantar porque já estamos com os insumos e as sementes compradas”, explica Paludo. Segundo ele, Toledo é um dos municípios que mais contratam seguros agrícolas porque a grande maioria das áreas pertence a pequenos agricultores. Além disso, a cobertura do seguro não atinge altas produtividades.
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A Aprosoja Paraná foi criada em julho de 2013 para enfrentar os desafios e buscar soluções para os produtores de soja e milho paranaenses. Atualmente, o Estado é o segundo maior produtor de soja do Brasil, atrás somente de Mato Grosso. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a expectativa é que o Paraná produza aproximadamente 17 milhões de toneladas na safra 2013/2014, representando 18% da produção Brasileira.
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