Nesta quinta-feira (27), a Aprosoja Brasil visitou o município de Cruz Alta, no noroeste do Rio Grande do Sul. As lavouras semeadas mais cedo e com variedades precoces registraram perdas severas e nem mesmo a chuva dos últimos dias é capaz de recuperar, pois coincidiu com o final da floração e abortou parte das vagens. Além disso, por causa do tempo seco e das altas temperaturas, os grãos formados perderam qualidade e peso. Já as que foram plantadas mais tarde sofreram menos, mas também tiveram perdas. Na propriedade que visitamos a expectativa era colher 60 sacas, mas o produtor não vai colher mais 20 sacas por hectare.
Segundo Décio Teixeira, presidente da Aprosoja-RS, a produtividade na região de Cruz Alta não deve passar de 45 sacas contra uma expectativa inicial de 55 sacas por hectare. Em todo o Estado ele acredita que as perdas podem chegar a 20%. “Em quase 50 anos de lavoura nunca passamos por um período de tempo tão quente como vivemos neste ano. O excesso de calor queimou as folhas. Na minha lavoura eu espero colher entre 40 e 45 sacas por hectare”, conta Teixeira.
E o que fazer em um ano de frustração de safra? Para Teixeira, que já foi presidente do Sindicato Rural de Cruz Alta por 10 anos e também diretor da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), as quebras localizadas da safra 2013/14 dificultam uma ação conjunta das entidades porque são casos específicos, mas a Aprosoja trabalha sempre em defesa do produtor. “Uma ação que temos batalhado todo ano é para melhorar o seguro agrícola brasileiro. Precisamos com urgência de um seguro de renda e não apenas que cubra parte dos custos do produtor”, reitera Teixeira. Ainda segundo o presidente, o produtor gaúcho vai ter uma rentabilidade menor nesta safra por causa dos custos mais altos, mas ele não acredita que a dívida vá aumentar. “As perspectivas de preço são boas, então o produtor precisa aproveitar”, afirma.
Conheça a Aprosoja RS
A Aprosoja Rio Grande do Sul foi criada em 2007 para enfrentar os desafios e buscar soluções para os produtores gaúchos de soja e milho. Atualmente, o Estado está entre os maiores produtores de soja do Brasil junto com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a expectativa é que o Rio Grande do Sul produza aproximadamente 13 milhões de toneladas na safra 2013/2014, quase 14% da produção Brasileira.
Uma curiosidade: a primeira soja que chegou ao Brasil foi plantada no município de Santa Rosa, noroeste do Rio Grande do Sul, em 1923. Desde então, a oleaginosa foi distribuída aos colonos que começaram a semear a cultura.
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