Nesta quinta-feira, a Aprosoja Brasil se reuniu com representantes de embaixadas da Alemanha, França e Espanha, para falar sobre a produção brasileira de soja transgênica e não transgênica, também chamada de convencional. A motivação para a reunião foi o fato de remeças de soja para países europeus terem apresentado teores de soja transgênica acima do limite estabelecido para o bloco de 0,9%. Com isso, os compradores ficaram reticentes sobre continuarem as importações do produto brasileiro não transgênico. Apesar de admitirem que o tema é tratado de forma ideológica pela população, a reação tem sido muito forte, o que obriga os países buscarem uma solução.
O presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, disse se tratar de uma questão comercial para os produtores brasileiros. Glauber explicou que produzir soja pura, livre de transgênicos no Brasil não custa o mesmo que produzir uma soja convencional, e se os europeus quiserem essa soja “pura”, teriam que pagar mais por ela. “Toda especificidade tem um custo”, alertou Glauber.
Glauber pontuou que existem dois motivos principais. A lei brasileira permite uma mistura de outras variedades de soja na semente de 5%, o que leva a uma contaminação não intencional já acima do que foi estabelecido pelo bloco europeu. Para plantar uma semente com uma mistura menor ou sem mistura, o produtor precisaria adquirir semente genética, muito mais cara que a normalmente comercializada pelos sementeiros.
E segundo, porque o produtor precisaria estabelecer um sistema de plantio em sua propriedade que evitasse a contaminação no plantio, colheita e armazenagem, o que tornaria muito mais cara a operação, havendo ainda que incluir os custos logísticos. Glauber mencionou que há uma década os produtores de Mato Grosso plantavam 85% transgênica e 15% convencional. Hoje esse número se inverteu, pois o manejo e o custo com defensivos são menores na transgênica, como o mercado nunca pagou a mais pela convencional os produtores aderiram rapidamente à transgenia.
Durante o encontro o presidente da Aprosoja Brasil deixou claro que o mercado europeu é mais exigente, mas é preciso levar ao entendimento dos países e da população que estas exigências têm um custo. O mercado chinês tem uma característica diferente, com menos exigências para adquirir a soja já que existe uma demanda muito forte por soja brasileira.
Perguntado como poderíamos buscar uma solução para o assunto, o presidente da Aprosoja Brasil colocou que é preciso fazer um trabalho de levantamento dos custos para se produzir uma soja no padrão exigido pelo mercado europeu. Isso incluiria desde o custo de produção e logística, até o trabalho de certificação desta produção, o que necessariamente deveria ser feito com as empresas brasileiras que negociam soja.
Ainda em pauta
Durante o encontro foi falado sobre a atitude do Ministério Público recomendar o banimento do Glifosato, Paraquat e do 2,4-D. Para o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, a proibição dos produtos existentes prejudica a agricultura e questionou: “Como os produtores de um país tropical com várias pragas e doenças vão combater suas pragas, sem produtos? Se forem retirados esses produtos hoje acabamos com o Plantio Direto, prática conservacionista que viabilizou a produção de grãos no cerrado”. Glauber falou ainda que existem mais de 20 produtos aguardando a liberação no mercado, porém o governo não os libera para utilização e com isso, o produtor fica sem opção e com custos de aplicação cada vez maiores. “Tem defensivos que estão para serem liberados há anos, mas estão parados em análise. Se nós tivemos esses produtos novos o governo poderia retirar os velhos, mas tem sido o contrário e estamos ficando sem novas tecnologias”. Glauber ainda mencionou que produzir produtos orgânicos seria ótimo para todos, mas por enquanto não é possível alimentar o mundo com eles, por isso, precisamos dos defensivos para produzir comida, inclusive carnes.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil
O presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, disse se tratar de uma questão comercial para os produtores brasileiros. Glauber explicou que produzir soja pura, livre de transgênicos no Brasil não custa o mesmo que produzir uma soja convencional, e se os europeus quiserem essa soja “pura”, teriam que pagar mais por ela. “Toda especificidade tem um custo”, alertou Glauber.
Glauber pontuou que existem dois motivos principais. A lei brasileira permite uma mistura de outras variedades de soja na semente de 5%, o que leva a uma contaminação não intencional já acima do que foi estabelecido pelo bloco europeu. Para plantar uma semente com uma mistura menor ou sem mistura, o produtor precisaria adquirir semente genética, muito mais cara que a normalmente comercializada pelos sementeiros.
E segundo, porque o produtor precisaria estabelecer um sistema de plantio em sua propriedade que evitasse a contaminação no plantio, colheita e armazenagem, o que tornaria muito mais cara a operação, havendo ainda que incluir os custos logísticos. Glauber mencionou que há uma década os produtores de Mato Grosso plantavam 85% transgênica e 15% convencional. Hoje esse número se inverteu, pois o manejo e o custo com defensivos são menores na transgênica, como o mercado nunca pagou a mais pela convencional os produtores aderiram rapidamente à transgenia.
Durante o encontro o presidente da Aprosoja Brasil deixou claro que o mercado europeu é mais exigente, mas é preciso levar ao entendimento dos países e da população que estas exigências têm um custo. O mercado chinês tem uma característica diferente, com menos exigências para adquirir a soja já que existe uma demanda muito forte por soja brasileira.
Perguntado como poderíamos buscar uma solução para o assunto, o presidente da Aprosoja Brasil colocou que é preciso fazer um trabalho de levantamento dos custos para se produzir uma soja no padrão exigido pelo mercado europeu. Isso incluiria desde o custo de produção e logística, até o trabalho de certificação desta produção, o que necessariamente deveria ser feito com as empresas brasileiras que negociam soja.
Ainda em pauta
Durante o encontro foi falado sobre a atitude do Ministério Público recomendar o banimento do Glifosato, Paraquat e do 2,4-D. Para o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, a proibição dos produtos existentes prejudica a agricultura e questionou: “Como os produtores de um país tropical com várias pragas e doenças vão combater suas pragas, sem produtos? Se forem retirados esses produtos hoje acabamos com o Plantio Direto, prática conservacionista que viabilizou a produção de grãos no cerrado”. Glauber falou ainda que existem mais de 20 produtos aguardando a liberação no mercado, porém o governo não os libera para utilização e com isso, o produtor fica sem opção e com custos de aplicação cada vez maiores. “Tem defensivos que estão para serem liberados há anos, mas estão parados em análise. Se nós tivemos esses produtos novos o governo poderia retirar os velhos, mas tem sido o contrário e estamos ficando sem novas tecnologias”. Glauber ainda mencionou que produzir produtos orgânicos seria ótimo para todos, mas por enquanto não é possível alimentar o mundo com eles, por isso, precisamos dos defensivos para produzir comida, inclusive carnes.
Fonte: Ascom Aprosoja Brasil