Um dos grandes desafios que as entidades do setor agropecuário devem superar é forma de se comunicar com a sociedade. A avaliação é do diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, que foi um dos palestrantes, na última quarta-feira (5/4), em Rio Verde (GO), de um debate na Exposhow Comigo que contou com a participação de produtores rurais e líderes de entidades.
“Nas discussões em torno da moratória da soja, por exemplo, tivemos muita dificuldade em relação à comunicação. Temos de mudar o nosso discurso. Precisamos uniformizar a nossa comunicação com argumentos técnicos que mostrem a viabilidade e sustentabilidade do nosso setor”, afirmou.
Os desafios permanentes do agronegócio e as novas pautas do setor, como a operação carne fraca e possibilidade de cobrança retroativa do Funrural, foram os temas debatidos no encontro. O diretor detalhou as principais ações que a entidade vem realizando em parceria com a FPA e o Instituto Pensar Agropecuária (IPA), que congrega 42 entidades que apoiam o agronegócio.
Em relação à área de defesa vegetal, a Aprosoja Brasil busca junto ao Poder Executivo a reavaliação da RDC 10/2008, a liberação da mistura em tanque, a priorização de liberação de princípios ativos e o manejo alternativo. No judiciário, a entidade atua contra ações civis do Ministério Público Federal contra uma série de defensivos.
A Aprosoja Brasil passou a incentivar a utilização de técnicas de produção sustentáveis, como a utilização pó de rocha e a agricultura fermentativa. Em relação ao endividamento e seguro rural, a Aprosoja atua diretamente para “empoderar” o produtor a poder negociar com as seguradoras. A aprovação da IN 11, que altera a classificação de grãos de soja, é outra iniciativa da Aprosoja em discussão entre as entidades e governo.
O presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, defendeu a união dos produtores e de parlamentares para superar os principais problemas do setor.
“Estamos diante de um momento delicado para o agronegócio. O produtor que colhe 50 sacas por hectare mal consegue pagar seus custos de produção. Precisamos mobilizar todo o setor para garantir rentabilidade aos produtores”, comentou.