O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí) foi ouvido pela CPI da Equatorial na Assembleia Legislativa do Piauí na manhã desta de quarta-feira (24.5).
Alzir Neto levou aos deputados da CPI um apanhado de documentos e relatórios mostrando a defasagem e os prejuízos causados ao setor produtivo do Piauí pela má prestação de serviços por parte da concessionária.
Entre tantos problemas, o impedimento de implantação de agroindústrias – como frigoríficos de frango e algodoeira, por falta de uma matriz energética confiável – foi destacado pelo presidente da Associação.
Segundo Alzir Neto a estimativa de valores que já deixaram de ser investidos no Piauí por falta de uma matriz energética confiável pode chegar a R$ 3 bilhões.
“Temos, por exemplo o caso de um frigorífico na região de Baixa Grande do Ribeiro que há 10 anos aguarda essa possibilidade e nesse caso são cinco mil empregos diretos deixando de existir. Esse modelo de privatização é comprovadamente ineficaz e atrapalhando o desenvolvimento do Piauí”, enfatizou Alzir Neto.
Não só no beneficiamento de produção, como na própria questão dos insumos, há prejuízos comprovados pela farta documentação levada à CPI. As indústrias de Calcário do sul do Piauí deixam de atender a demanda do Estado por falta de maior qualidade na prestação dos serviços da Equatorial.
“E isso é dinheiro que vai pra outro estado, o produtor precisa do calcário e vai adquirir fora”, complementou.
Em um doa relatos o de que em apenas um ano foram abertas 135 reclamações por produtores da regional e em alguns casos a espera por resposta ultrapassa a média de 90 dias.
Redação Kátya D’Angeles (Aprosoja Piauí)
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