Caminhoneiros de todo o país têm relatado em suas redes sociais a situação de dificuldade e perigo enfrentada no acesso à Serra do Quilombo, na PI-262. Segundo os relatos, com a obra parada desde o segundo semestre de 2022 os transtornos aumentaram e diariamente chegam a se formar mais de 4km de filas de carretas.
A região compreende as cidades de Bom Jesus, Redenção do Gurguéia, Monte Alegre do Piauí e Gilbués e segundo dados da Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja PI) a região é responsável pelo cultivo de mais de 200.000 ha de soja, milho e outras culturas.
Os recursos e a obra foram anunciados ainda em 2019, através de convênio da Secretaria de Transportes do Piauí (Setrans) com o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas sua execução nunca foi concluída.
Importância econômica
Algumas destas cidades se destacam na balança comercial de exportações do Piauí, apesar da falta de infraestrutura. A área plantada no Piauí cresceu 11,3% em relação à safra 21/22. Foram plantados quase 100 mil hectares a mais de soja, passando de 850,7 mil hectares plantados em 21/22 para 946,8 plantados na safra 22/23 cuja colheita já foi 100% concluída.
“É uma situação em que mais um ano o produtor e quem trabalha no escoamento da produção sofrem e os riscos de acidente com morte aumentam. Esse trecho já é famoso, todo ano a situação se repete e em alguns locais no período chuvoso temos aquelas imagens tristes de carretas e carros virados, levados pela chuva”, lamenta o presidente da Aprosoja Alzir Neto.
Redação: Kátya D’Angeles (Aprosoja Piauí)