Toma posse no próximo dia 23 de abril, às 19h, em Brasília, a diretoria eleita da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) para o triênio 2024-2027. O comando da instituição pelos próximos três anos ficará com o produtor rural Maurício Buffon, atual 1º diretor administrativo da Aprosoja Brasil, que sucederá Antonio Galvan, presidente da entidade desde abril de 2021. A nova diretoria foi eleita por unanimidade no dia 2 de abril e conta com representantes das principais regiões produtoras de grãos do País.
Filho e neto de pequenos agricultores, Maurício Buffon tem 47 anos e é natural de Ronda Alta, no norte do Rio Grande do Sul, município localizado em região produtora de grãos e caracterizada pela pequena propriedade. Em 1985 mudou-se com a família para Sorriso, em Mato Grosso. E, em 2009, vislumbrou oportunidades em Tocantins, para onde se transferiu junto com o irmão.
“O que me atraiu para a Região Norte foi o clima, as oportunidades e o fato de ser uma região de expansão para a produção de grãos. O Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) é responsável hoje por cerca de 30% da produção de grãos do Brasil. Tocantins é hoje um estado com grande crescimento agrícola”, destaca.
Trajetória na Aprosoja
Casado e pai de dois filhos, Buffon foi um dos socio-fundadores, em 2013, da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Tocantins (Aprosoja TO). Em outubro de 2017, tornou-se presidente da entidade, reelegendo-se em 2019.
Enquanto dirigente da Aprosoja Tocantins, Buffon promoveu ativamente ações da entidade contra tentativas de implantação de taxas sobre a comercialização de soja e de insumos agropecuários em nível estadual.
“O produtor tem o direto de exportar de forma direta sua produção sem custos. Tivemos muitos embates contra a taxação do agro, que fere a Lei Kandir. A Aprosoja sempre se empenhou em defender o produtor”, ressaltou o dirigente.
Em junho de 2019 a Aprosoja promoveu em Tocantins o seminário Soja Responsável, do qual resultou a “Carta de Palmas”, documento em que a Aprosoja reafirmou, com base em informações científicas fornecidas pela Embrapa, comprovou a sustentabilidade ambiental da produção no cerrado brasileiro e reforçou a importância do Código Florestal.
“A Carta de Palmas foi traduzida para vários idiomas e se espalhou pelo mundo em reação à tentativa das tradings de implantar a Moratória da Soja. Com isso conseguimos frear a pauta do desmatamento zero e mostramos que o Brasil consegue atender os mercados consumidores tendo uma das legislações ambientais mais restritivas do mundo”, salientou.
Atuação na Aprosoja Brasil
Atuante na Aprosoja Brasil desde 2016, Buffon destaca a competência do corpo diretivo eleito em 2024. Segundo ele, por ser uma instituição com perfil político, existe a necessidade constante de fazer uma boa interlocução com diversos atores públicos e privados para buscar soluções aos principais desafios que o setor produtor enfrenta.
“A diretoria eleita é muito experiente, com dirigentes preparados e comprometidos em resolver as demandas dos produtores. A Aprosoja Brasil estará presentes em todas as mesas de negociação sempre fazendo uma defesa firme dos agricultores com ganhos para o setor produtivo. O presidente é uma pessoa que leva aos estados estratégia da entidade ao mesmo tempo em que é um ouvidor das demandas”, pontuou.
Prestes a assumir a presidência da maior entidade de sojicultores da América Latina, Maurício Buffon reconhece o esforço de Antonio Galvan durante seu mandato na Aprosoja.
“Conheço Galvan desde os tempos de Mato Grosso. Ele é um líder respeitado por todos os produtores rurais. É um batalhador, que tem muita garra e paga o preço por sua atuação em defesa da instituição. Agradeço ao Galvan por apoiar o nosso nome”, finalizou.
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