A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (APROSOJA BRASIL) vem a público repudiar as declarações da ex-senadora Marina Silva contra o deputado Ronaldo Caiado. Referência como liderança no Congresso Nacional para os produtores rurais, o deputado sempre foi fiel às suas posições e na defesa dos agropecuaristas os quais representa. Combativo e firme, sim, mas nunca em suas falas o deputado atentou contra a imagem de seus colegas, a exemplo da ex-senadora Marina Silva.
Infelizmente, além de deselegante, a agressividade da declaração assume uma proporção maior ao atacar não só o deputado Caiado, mas também o setor mais importante da economia brasileira, o agronegócio. Segundo analistas, o agronegócio deve garantir este ano a metade do crescimento do PIB do país, 1,2% dos 2,4% que o mercado prevê. E dos 4,5 trilhões de reais que o país gerar de riquezas, mais de um trilhão virá do agronegócio. Em algumas regiões o agronegócio já representa 50% do PIB, como registrado na Região Sul.
Por trás desse agronegócio, estão milhões de produtores, de todos os portes e que com seu empreendedorismo tem gerado renda, postos de trabalho e oportunidades de negócios nas indústrias e de serviços, no campo e na cidade. E ainda que se tente fazer distinção, todos os produtores rurais fazem parte desse agronegócio, familiares, pequenos, médios e grandes. Infelizmente, a declaração de Marina Silva, ao invés de unir a sociedade promove a segregação, denotando uma visão míope e atrasada da nossa realidade.
Ao fazer tais declarações contra o deputado, Marina atacou a imagem desse agronegócio, o único setor da economia que tem favorecido o país. Em um momento em que se busca fortalecer a figura da oposição, historicamente essencial para fazer o contraponto ao governo e garantir a construção de melhores propostas para o país, a ex-senadora mostra que seguirá fazendo o que sempre fez, discursos ocos, cuja praticidade e relação com a realidade são longínquas.
Atacar o deputado e acusa-lo de inimigo dos trabalhadores rurais faz parte de alguma estratégia para garantir o crescimento econômico do país? E será que a ex-senadora não sabe que foi nos estados expoentes do agronegócio como Mato Grosso e Paraná, onde a remuneração ao trabalhador rural mais cresceu? Em Mato Grosso, entre 2006 e 2010, segundo o IBGE, a remuneração cresceu 43%.
E sobre a questão indígena, como acusar aos ruralistas de gerar um problema que está sendo tratado em nível de Casa Civil como uma questão de gestão, sendo que laudas da Embrapa já constataram que a FUNAI tem demarcado áreas que não são ocupadas por índios há séculos. A nosso ver, é mais que legítima a posição do deputado de defender os interesses dos produtores, sem desrespeitar nem negar os direitos dos índios, mas buscando a legitimidade e legalidade dos fatos.
Sobre o Novo Código Florestal Brasileiro, a ex-senadora demonstra falta de espírito democrático ao se opor a algo que foi amplamente discutido e alterado com a participação de toda a sociedade e que resultou em um texto que não foi consenso, nem para uma parte nem para outra, mas que resultou de um exercício democrático, trabalho de vários deputados e partidos. A não aceitação desse fato pela ex-senadora é uma demonstração de radicalismo e intransigência, predicados próprios de sua personalidade.