O estado do Amapá que ocupava uma das últimas posições no Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros em 2015, passa ao 16º lugar em 2016 tendo como um dos principais responsáveis a elevação de seu potencial de mercado, um dos pilares em estudo desenvolvido por organização não governamental.
O estudo anual sobre competitividade dos estados brasileiros realizado pela organização Ranking de Competitividade possui como pilares Sustentabilidade Ambiental, Inovação, Eficiência da Máquina Pública, Solidez Fiscal, Sustentabilidade Social, Educação, Capital Humano, Infraestrutura e Potencial de Mercado. Dentre os três pilares em que o estado é mais forte estão Segurança Pública, Solidez Fiscal e Potencial de Mercado, que passou de 54.3 para 73.3 pontos em uma escala referencial de 100 e é composto pelos índices de Tamanho de Mercado, Crescimento do Potencial da Força de Trabalho e Taxa de Crescimento ocupando o Amapá uma das melhores colocações nacionais nestes dois últimos índices do pilar.
A chegada de indústrias do agronegócio, a exemplo das que compõem o complexo soja, possuem grande relevância para os índices que constituem o pilar Potencial de Mercado, sobretudo no índice Taxa de Crescimento, e consequentemente para a elevação do Amapá no ranking. A vinda para o Amapá de instituições do setor econômico que atuam em outras regiões brasileiras e países como a Aprosoja, Cianport, Caramuru, Fiagril e Soreidom retratam muito bem o interesse de investidores e o início da construção de um ambiente favorável no extremo norte brasileiro.
O Amapá, que anteriormente ocupava apenas o 25º lugar no ranking, ultrapassa os dois maiores estados do Norte, Pará e Amazonas, exatamente pela grande diferença que conseguiu abrir no pilar Potencial de Mercado, onde os mesmos possuem pontuação de 34.6 e 27.1, respectivamente nos estudos deste ano. Isso possibilita um olhar especial para o estado em relação a atração de novos investimentos no desenvolvimento de diversas cadeias produtivas.
Estes avanços foram pouco visíveis num ano onde a crise política, e o cenário macroeconômico ganharam mais holofotes do que a ação tenaz dos empreendedores. Para fazer com que a sociedade efetivamente prospere, se faz necessário em primeiro lugar que os demais indicadores acompanhem o mesmo bom desempenho da iniciativa privada, em especial o pilar Eficiência da Máquina Pública, uma vez que o Estado cumpre função estratégica na elevação do Potencial de Mercado – a exemplo do desafio da regularização fundiária, base de sustentação da atividade econômica – seja porque é o principal elemento de formação do PIB amapaense, ou seja porque suas funções influenciam sinergicamente os demais pilares do estudo.
Juan Monteiro – Administrador e Jornalista
Assessor de Comunicação da Aprosoja-AP